Zema premia o maio traidor de Minas Gerais com a CEMIG
Na última sexta-feira (08/02) o governador mineiro anunciou que o ex-presidente da Fiat, e atual membro do conselho de administração da Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato junto com a CEMIG, Cledorvino Belini, ira presidir a estatal mineira de energia.
Zema ainda não entendeu que existe uma grande diferença na escolha de um gestor privado do publico. Para o primeiro analisa-se seu curriculum, sua experiência e competência, tendo pouca importância os efeitos das atitudes tomadas pelo mesmo no exercício de suas funções, o que importa é se obteve sucesso e gerou lucro para empresa, ou seja, uma análise econômica.
Já para escolha de um gestor publico, além de seu curriculum e necessário que se analise as consequências sociais e politicas ocorridas em função das atitudes tomadas pelo mesmo.
Evidente que Cledorvino Belini tem curriculum, experiência e competência inquestionável, porém na presidência da Fiat, indústria inaugurada em 9 de julho de 1976, através do esforço do governo mineiro, que forneceu gratuitamente o terreno de 2 milhões de metros quadrados, a implantação de toda a infraestrutura e ainda entrou como sócio, com 46% do capital de US$ 155 milhões na época.
Naquele período a empresa passava por dificuldades na Itália e foi a fábrica de Betim que possibilitou sua recuperação. É inquestionável que a implantação da Fiat em Betim proporcionou além de desenvolvimento na região e para toda Minas Gerais, a geração de empregos e receita fazendária.
A partir de sua instalação, a Fiat passou a ser tão mineira como italiana, principalmente em função da admirada e querida colônia que formou-se no Estado e continuou sendo admirada, pois não foi um Italiano e sim um paulista chamado Cledorvino Belini que praticou uma das maiores traição já realizadas contra a economia e o povo mineiro.
Foi Belini quem decidiu levar para Goiana, Pernambuco, a expansão que seria feita em Betim para produzir os SUVs Jeep Renegade, Jeep Compass, e a picape Fiat Toro. Entre empregos diretos e indiretos a fábrica transferida, gerou mais de 47,5 mil, e gigantesca receita tributaria.
Enquanto o Jeep Renegade pernambucano faz sucesso, a linha de modelos da Fiat mineira, amarga o excesso de estoques e caminhamos para dias piores, enquanto amplia-se a rede de concessionarias Jeep, as revendas autorizadas Fiat reclamam a falta de um produto verdadeiramente novo.
Se este fato não bastasse, a qualquer momento Zema poderá ser surpreendido, pois após sair da Fiat, Belini passou a exercer o cargo de conselheiro no grupo JBS. O pior, ainda hoje exerce o cargo no conselho de administração da Odebrecht, que além de ter vários negócios em sociedade com a CEMIG, juntas foram investigadas na Lava Jato, a exemplo do inquérito relativo a represa do Rio Madeira, tendo a Odebrecht inclusive já reconhecido a corrupção ocorrida e celebrado acordo de leniência.
É chover no molhado noticiar que o governo do Novo em Minas Gerais transformou-se em ninho tucano, porém não imaginava-se que Zema chegasse a nomear pessoas com claro conflito de interesse, sem dizer que o maior investigado no inquérito do Rio Madeira/Odebrecht é o deputado tucano mineiro Aécio Neves.
Marco Aurélio Carone
Editor Novojornal
Editor Novojornal
Relatório Anual de 2018 da Odecrechet onde consta a participação de Cledorvino Belini no Conselho de Administração (página 10 e 11 do arquivo) https://drive.google.com/open…
Acordo de leniência Odebrecht citando a relação promiscua com a CEMIG
https://drive.google.com/open…
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