2 de jun. de 2019

Educadores desafiam Weintraub: “O senhor não tem autoridade jurídica e política para nos punir.”. - Editor - ADESÕES EM jorge.soutomaior@uol.com.br. PRESSÃO, PRESSÃO E MAIS PRESSÃO. RESISTENCIA. RESISTENCIA E MAIS RESISTENCIA.


Educadores desafiam Weintraub: “O senhor não tem autoridade jurídica e política para nos punir.”

Uma carta aberta ao ministro da Educação coleta assinaturas em todo o país: “Sua frágil ameaça não nos amedronta. Cumpriremos o nosso dever de educadoras e educadores e continuaremos, como já o fizemos nos dias 15 e 30 de maio deste ano, nas ruas, juntos com os estudantes, apoiando a resistência à destruição das instituições de ensino público e contra afrontas ao conhecimento.”

Carta Aberta ao Ministro da Educação
O Ministro que ocupa a pasta da educação, depois de publicar um vídeo artisticamente desastroso, veio a público para ameaçar professoras, professores, servidoras e servidores da rede pública, dizendo que esses profissionais não podem participar de manifestações ou mesmo divulgar e estimular protestos, pois se o fizerem estarão sujeitos a punições legais.
No entanto, Ministro, o senhor não tem autoridade jurídica e política para nos punir. Sua frágil ameaça não nos amedronta. Aliás, só nos fortalece na convicção em torno da necessidade de rechaçarmos arroubos autoritários, como forma, inclusive, de se correlacionarem teoria e prática, o que nos é muito caro, já que a educação é voltada à formação de cidadãs e cidadãos e não há cidadania sem estímulo à atuação concreta em defesa das liberdades democráticas e dos direitos fundamentais. Toda ação neste sentido merece ser amplamente divulgada, como forma, inclusive, de reforçar a democracia.

Firmamos o presente documento, para deixar muito claro que somos contra os cortes da educação; que repudiamos a forma agressiva, desrespeitosa e leviana com que estudantes, professoras e professores, servidoras e servidores têm sido tratados; que resistiremos à destruição do ensino público; e que não nos calaremos diante de qualquer tipo de autoritarismo.

Enfim, cumpriremos o nosso dever de educadoras e educadores e continuaremos, como já o fizemos nos dias 15 e 30 de maio deste ano, nas ruas, juntos com os estudantes, apoiando, estimulando e protagonizando a necessária resistência contra a destruição das instituições de ensino público e contra toda forma de afronta ao conhecimento, ao estudo, à formulação do pensamento crítico, à democracia e ao pluralismo político e ideológico.
Brasil, 31 de maio de 2019.
Alfredo Andrade
Amarilio Ferreira Jr.
Ana Lúcia Ferreira
Ari Marcelo Solon
B. Boris Vargaftig
Daniela Valle da Rocha Muller
Décio Alves da Silva
Eduardo Pinto e Silva, Depto de Educação da UFSCAR
Eleonora C. Albano
Elsa Cristine Bevian
Fernando Frederico de Almeida Junior
Flávio Roberto Batista
Fred Siqueira Cavalcante
Gilberto de Lima
Gustavo Seferian
Hugo Cavalcanti Melo Filho
João Adolfo Hansen
João dos Reis Silva Júnior
João Virgílio Tagliavini
Jorge Luiz Souto Maior
José Carlos Rothen
Juan Francisco Amaral Ramos
Juliana Teixeira Esteves
Luciano Delgado
Luiz Bezerra Neto
Luiz Carlos de Freitas
Luiz Roberto Gomes
Magda Barros Biavaschi
Mara Cristina de Almeida
Márcio Túlio Viana
Marcos Luiz da Silva
Marcus Orione Gonçalves Correia
Maria Rosaria Barbato
Maria Victoria de Mesquita Benevides
Marilena Chaui
Marina Maluf
Marise Tavares de Carvalho
Noemi Jaffe
Otávio Pinto e Silva
Paulo Eduardo Vieira de Oliveira
Reginaldo Melhado
Renata Conceição Nóbrega Santos
Renato Cassio Soares de Barros
Ricardo Antunes
Roberto Heloani
Rodrigo Carelli
Rui Carlos Lopes de Alencar
Ruy Braga
Sérgio Salomão Shecaira
Sílvio de Souza
Valdete Souto Severo
Vanderlei Elias Nery
Novas adesões devem ser dirigidas a jorge.soutomaior@uol.com.br
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