6 de jun. de 2019

Vagner Freitas: "Unidos vamos parar o Brasil no dia 14 de junho”

Vagner Freitas: "Unidos vamos parar o Brasil no dia 14 de junho”

Trabalhadores e trabalhadoras no setor de transportes de todo o País lotaram auditório na Câmara dos Deputados e gritaram "greve geral" contra a reforma da previdência proposta pelo governo Bolsonaro

 Publicado: 05 Junho, 2019 - 19h46 | Última modificação: 05 Junho, 2019 - 20h25
Escrito por: Vanilda Oliveira
 DIVULGAÇÃO
notice
Vagner, no lançamento da Frente Parlamentar Mista dos Trabalhadores em Transportes nesta quarta (5)
“Greve geral, greve geral, greve geral...”, gritaram em coro os 500 dirigentes sindicais que lotaram o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (5), no lançamento da Frente Parlamentar Mista dos Trabalhadores em Transportes. Sim, o setor aderiu à greve geral e, no dia 14 de junho, vai parar em protesto contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro.
O lançamento da Frente teve a participação do presidente da CUT, Vagner Freitas, e dos representantes e presidentes das demais Centrais Sindicais, de confederações, federações e sindicatos de trabalhadores no setor, como a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores nos Transportes e Logística), filiada à CUT. A FPM é uma iniciativa do deputado Valdevan Noventa (PSC-SE), presidente licenciado do Sindicato dos Motoristas de São Paulo.
“O movimento sindical brasileiro é, historicamente, responsável pelas conquistas dos trabalhadores. A unidade das Centrais Sindicais é responsável por nós estarmos de pé e lutando contra a essa reforma da Previdência, apesar de todos os ataques do governo à organização sindical. Unidos vamos parar o Brasil no dia 14 de junho”, disse o Vagner Freitas, presidente da CUT, em sua fala no Auditório Nereu Ramos.
Vagner destacou a importância da criação da FPM e da participação dos trabalhadores em transportes na greve geral. “É importante que os parlamentares e todos os brasileiros vejam e saibam que trabalhadores e trabalhadoras em transportes, bancos, aeroportos, fábricas, comércio, refinarias, em inúmeras categorias e ramos, no campo e na cidade, vão parar no dia 14 de junho, contra esse desmanche da previdência e da seguridade social”, afirmou o presidente da CUT.
E completou: “Para a mídia e aqueles que esconderam que as manifestações da educação, nos dia 15 e 30 de maio, foram, sim, datas sindicais; foram, sim, chamadas e construídas pelos sindicatos de trabalhadores na educação do Brasil inteiro; foram, sim, chamadas pelas Centrais Sindicais e tiveram a importantíssima participação dos estudantes, do movimento estudantil [aliás, uma salva de palmas aos estudantes], essa é a nossa resposta e essa resposta virá ainda maior na greve geral”.
Confederação da CUT
“Temos tudo para superar o dia 28 de abril de 2017 [a maior greve geral realizada no País até agora] e dar uma resposta ao governo Bolsonaro com relação aos ataques aos direitos, principalmente contra a reforma da Previdência”, disse Paulo João Eustásia, presidente da CNTTL.
A fala foi feita nesta terça-feira (4), em plenária realizada na CUT, quando a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística definiu participação na greve geral (clique aqui para ler matéria na íntegra)).  São cinco federações, 45 sindicatos e 93 mil trabalhadores e trabalhadoras nos modais aéreo, viário, metroviário, ferroviário, portuário e mototáxi em todo o País filiados à entidade.
Entre as principais lutas da CNTTL está Projeto de Lei 2163/2003 do deputado federal,  Vicente Paulo da Silva (PT/SP), Vicentinho, ex-presidente da CUT nacional, que proíbe a dupla função do motorista nos ônibus e exige a obrigatoriedade de ter um segundo trabalhador no interior dos ônibus nos setores urbanos e suburbanos.
Frente
A FPM foi criada para defender as principais lutas dos trabalhadores no setor.  O objetivo é debater e ampliar as propostas de interesse dos trabalhadores e fortalecer o setor, para torná-lo melhor para quem trabalha e para quem usa.
No setor de transportes, há cinco milhões de trabalhadores assalariados, autônomos e informais, entre motoristas e áreas de apoio, que trabalham no transporte aéreo, marítimo, rodoviário e metroviário, de carga e de passageiros, urbano e no campo, conforme informações do deputado que requereu o lançamento da FPM.


Share:

0 comentários:

Postar um comentário