17 de set. de 2019

Correios: situação da campanha reivindicatória da categoria. - Editor - CONTRA O DESMONTE DO ESTADO BRASILEIRO.

 Correios: situação da campanha reivindicatória da categoria

Os empregados da estatal estão em greve desde o último 10 de setembro. confira!
Os Correios estão entrando em greve, e como sempre, os jornais que todos vocês assistem, não informam os verdadeiros motivos, portanto vou tentar explicar para quem estiver interessado em se informar, antes de julgar. Desde julho está ocorrendo a negociação entre Sindicato e Correios, que até então estava com um presidente que defendia um Correios Estatal (ao menos nas redes sociais ) e que por isso foi demitido.
O novo governo então, com o intuito de privatizar os Correios colocou um presidente que trabalhasse para isso, sendo assim, ele propôs absurdos, pois sabe que os trabalhadores com medo de uma privatização, aceitariam qualquer coisa. As perdas de benefícios e proposta de aumento abaixo da inflação são tão absurdas, que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) interveio e pediu para prorrogar as negociações até o fim de agosto.
O novo presidente dos Correios, estrategicamente sabendo que os trabalhadores não vão aceitar as propostas, se nega a negociar, força os trabalhadores a fazerem greve, com uma mídia a serviço desse sistema, jogando a população contra os trabalhadores.
Simplesmente ignora o TST, deixando clara sua intenção de privatização, forçando os trabalhadores a iniciar uma greve, prejudicando a todos, simplesmente para facilitar uma possível privatização.
Os Correios tiveram lucro nestes últimos dois anos. Não usamos dinheiro da União, pelo contrário, nosso lucro é usado pelo Governo. Não temos o monopólio de entregas de encomendas, simplesmente somos a mais barata entre as concorrentes e a única que entrega em todas as cidades do Brasil.
Se você não recebe encomendas no seu bairro é por motivos de falta de segurança pública, não é culpa dos Correios. Se o Correios for privatizado, você que compra e vende pela internet, pesquise os valores de outras empresas de entregas pra saber o quanto você vai pagar.
Ademais, se você se irrita porque você não pode fazer greve, e funcionários de empresas públicas conseguem não se irrite com quem luta por seus direitos, se irrite com um sistema que não te garante o direito de lutar também.
Nota: Texto de autoria de um trabalhador dos Correios que nos solicitou anonimato

Versão do impresso Boletim CXLI

 Greves e protestos pelo mundo contra a retirada de direitos

Atualizado às 10h06 – 16 de setembro de 2019
Seguem pelo mundo uma série de mobilizações e atos de resistência contra os cortes de direitos sociais implementados pelo neoliberalismo.
Nesta sexta-feira (13), a França protestou contra a proposta de reforma da Previdência preparada pelo governo Macron. Paris parou por conta de uma greve no sistema de metrô da capital francesa.
Com aprovação da reforma, os funcionários do metrô de Paris, assim como os trabalhadores de outras atividades consideradas difíceis ou perigosas, perderiam assim os benefícios associados a seus regimes especiais, que atualmente permite, por exemplo, a aposentadoria antes dos demais franceses.
A reforma da Previdência na França é uma promessa de campanha de Macron, que se comprometeu a eliminar os 43 distintos regimes especiais e a criar um sistema “universal” com o uso de pontos, no qual “1 euro de contribuição concede os mesmos direitos”.
No último sábado (7), milhares de coletes amarelos voltaram a se manifestar contras as reformas neoliberais de Macron em várias cidades francesas. Os principais protestos foram registrados em Montpellier, no sul da França.
Argentina em transe
Já na quinta-feira (12), a capital da Argentina foi sacudida por um grande protesto e um acampamento contra a fome, organizado por movimentos sociais e partidos políticos, no Centro de Buenos Aires. O governo neoliberal de Mauricio Macri foi obrigado a aderir a um projeto opositor para declarar “emergência alimentar”, que foi aprovado por unanimidade — 222 votos a favor e uma abstenção — na Câmara dos Deputados, e que agora segue para votação no Senado.
O projeto prevê aumento mínimo de 50% do orçamento destinado a programas de alimentação e nutrição este ano e que, a partir do ano que vem, os recursos sejam reajustados a cada três meses.
Ainda na quinta, Buenos Aires foi palco de um protesto contra a prisão política de Daniel Ruiz, um líder sindical petroleiro, integrante do PSTU argentino, preso há exatamente um ano por conta de ter participado de protestos contra a reforma da Previdência de Macri.
Brasil acordando
Aqui no Brasil, as mobilizações ganham espírito de retomada com a greve dos Correios, que começou no dia 10 de setembro, em que a categoria luta contra a retirada de seus direitos e privatização da empresa. Da mesma forma, os petroleiros continuam sua campanha em torno do ACT e por uma Petrobrás integrada e propulsora do desenvolvimento brasileiro.
No próximo 20 de setembro será o Dia de manifestações e paralisações contra a destruição do Brasil sob o governo Bolsonaro.
Share:

Related Posts:

0 comentários:

Postar um comentário