Efeito Bolsonaro: turismo estrangeiro no Brasil recua 5%

O País está na contramão do resto do planeta, que registrou alta
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O quanto da péssima imagem do País teria pesado neste resultado? Bolsonaro, sabe-se, não é um mandatário querido mundo afora. Suas diatribes contra líderes internacionais, os sucessivos micos, a destruição da Amazônia e o obscurantismo das políticas para educação e ciência horrorizam o planeta, do nascente ao poente, da Antártida ao Círculo Ártico. Não bastasse, o presidente esforça-se particularmente para atrapalhar o turismo, caso de suas declarações contra visitantes LGBTs, responsáveis por movimentar bilhões de dólares no setor. “O Brasil não pode ser um país do mundo gay, do turismo gay. Temos famílias”, declarou em abril.
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A defesa da família, neste caso e como de costume, escora-se no cinismo. Na mesma oportunidade, Bolsonaro ofertou: “Se quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”. Prova de seu elevado padrão moral.
O presidente consegue errar até na escolha de quem representa o País aos olhos do mundo. Convidado pela Embratur, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho tornou-se um notável caso de embaixador do turismo impedido de promover sua nação. Por se recusar a pagar uma multa de 9,5 milhões de reais determinada pela Justiça gaúcha, o ex-jogador teve o passaporte confiscado e não pode atravessar as fronteiras. Talvez recorra ao Twitter para convencer mais turistas a visitarem o Brasil.
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É cômico. E ao mesmo tempo trágico. Uma das promessas de Bolsonaro, de agrado dos fanáticos, era impedir que o Brasil se tornasse a Venezuela ou a Coreia do Norte. Nenhum outro presidente demonstrou, porém, tanta habilidade para destruir a imagem do País e gerar antipatia internacional. Lembra Kim Jong-un.
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