14 de set. de 2019

Paris tem dia de caos por greve nos transportes contra a reforma da Previdência. - Editor - É FÁCIL. É PARAR DEMOCRÁTICAMENTE, VISANDOA VOLTA DA DEMOCRACIA, SOBERANIA, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, AS GARANTIAS PREVIENCIÁRIAS. A PETROBRÁS E O PRÉ-SAL PARA O BRASIL. PELA VOLTA DO ESTADO DE DIREITO E NÃO TORTO, COMO FICOU POR OPERAÇÃO CANHESTRA E ENTREGUISTA. COLOCAR QUEM DE DIREITO NA CADEIA POR TRAIÇÃO A PÁTRIA E CONLUIOS PARA ENTREGA DE NOSSAS RIQUEZAS. O POVO PODE.O POVO FAZ. TEMOS QUE MOSTRAR QUE NÃO SOMOS PATOS

Paris tem dia de caos por greve nos transportes contra a reforma da Previdência

STEPHANE DE SAKUTIN / AFP

Essa é a maior greve dos últimos 12 anos para protestar contra a mudanças previdenciárias preparadas pelo governo francês

Os parisienses vivem uma sexta-feira caótica nos transportes públicos por uma greve, a mais grave dos últimos 12 anos, para protestar contra a reforma da previdência preparada pelo governo francês.

Dez das 16 linhas do metrô de Paris estavam fechadas e as demais saturadas, os ônibus circulavam em número reduzido e os grandes engarrafamentos nos acessos à capital evidenciavam o primeiro grande protesto sindical contra a reforma das aposentadorias estimulada pelo governo do presidente Emmanuel Macron.
 
Dié Sokhonadu, 25 anos, esperou em vão em uma plataforma da linha 12, que atravessa Paris de norte a sul, mas nenhum trem da linha estava em circulação. “Sem metrô, terei que voltar para casa”, disse o operário, que trabalha na reforma da catedral de Notre-Dame, no centro de Paris.
Para evitar o caos, muitos franceses optaram por trabalhar em casa. “Não queria perder tempo tentando pegar o metrô, minha linha está fechada”, declarou à AFP Anne-Sophie Viger, executiva em uma empresa de seguros.
A Autoridade Autônoma de Transportes de Paris (RATP) pediu na quinta-feira aos moradores que saíssem de casa apenas em caso de extrema necessidade e anunciou “soluções alternativas de mobilidade”, que incluem o uso gratuito limitado de motos ou bicicletas elétricas de livre serviço, subsídios a quem compartilhar o carro ou estacionamento pela metade do preço.
As pessoas também procuravam as bicicletas e patinetes elétricos de livre serviço que proliferam na capital francesa. Vários operadores, como o Jump da americana Uber ou a francesa Cityscoot, ofereceram trajetos gratuitos de 15 a 30 minutos
Esta greve é a primeira grande mobilização contra o plano do presidente Macron de implementar um sistema de previdência “universal”.
MANIFESTAÇÃO DENTRO DO METRÔ DE PARIS. FOTO: AFP
Os funcionários do metrô de Paris, assim como os trabalhadores de outras atividades consideradas difíceis ou perigosas, perderiam assim os benefícios associados a seus regimes especiais, que atualmente permite, por exemplo, a aposentadoria antes dos demais franceses.
O Tribunal de Contas calculou que a idade média de aposentadoria dos trabalhadores da RATP em 2017 era 55,7 anos, contra 63 anos da maioria dos trabalhadores franceses.
“Não é uma greve de privilegiados, esta é uma greve de trabalhadores que afirmam ‘queremos nos aposentar com uma idade razoável e em condições razoáveis”, declarou à rádio FranceInfo Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, um dos principais sindicatos da França.
A greve é a maior no setor de transportes de Paris desde 2007, quando o ex-presidente Nicolas Sarkozy apresentou uma reforma previdenciária que aumentou a idade de aposentadoria da maioria dos funcionários públicos.
“Estou na RATP desde 1996 e nunca vi algo assim. Tantos grevistas, de todas as áreas, e inclusive alguns diretores mobilizados. As pensões afetam todos”, declarou ao jornal Le Parisien Marc Brillaud, do sindicato SUD.

A reforma da previdência é uma promessa de campanha de Macron, que se comprometeu a eliminar os 43 distintos regimes especiais e a criar um sistema “universal” com o uso de pontos, no qual “1 euro de contribuição concede os mesmos direitos”.
Diante do projeto potencialmente explosivo, o governo quer enfrentar a situação com calma. “Levaremos todo o tempo necessário para abordar a reforma das aposentadorias, antes de uma votação prevista para 2020, afirmou o primeiro-ministro Edouard Philippe.
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