Bancada Ativista entra na justiça contra Doria por pintura nas escolas
Ação ainda pede que Doria e Rossieli Soares sejam condenados a ressarcir os cofres públicos pela destinação ilegal de verbas
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“O que a ação popular busca combater é a instrução dada pela Secretaria de Educação de condicionar o repasse de verbas para reforma das escolas à pintura dos prédios nas cores do PSDB”, explica Paula Aparecida, codeputada da Bancada Ativista (PSOL) e autora da ação popular. “A Escola Pública não pode ser usada como propaganda eleitoral, ela é da população de São Paulo, não de um governador ou de um partido específico. Por mais que o João Doria tenha o hábito de misturar seus interesses privados com o interesse público, mais uma vez corre o risco de ter seus projetos pessoais barrados na Justiça”, ressalta.
Doria já sofreu duas condenações: uma em agosto de 2018 pelo uso da marca SP-Cidade Linda , nome do programa de zeladoria urbana de São Paulo. O ex-prefeito foi denunciado pelo promotor Wilson Tafner por improbidade administrativa pelo uso do símbolo ” SP Cidade Linda ” em ações da Prefeitura. Em maio deste ano, sofreu uma outra condenação por improbidade administrativa pelo uso do slogan Acelera SP.
Embora tenha sido lançado no início do ano, o programa “Escola Mais Bonita” só começou a ser implementado de fato em junho após a redução no número de escolas envolvidas para 1.384. O programa funciona por meio de convênio da Secretaria Estadual da Educação com a Fundação para Desenvolvimento da Educação (FDE) e prevê obras de reforma nas unidades atendidas, dentre elas a pintura dos prédios. O orçamento total de R$ 1,1 bilhão inclui o gasto com tintas nas cores do partido do governador, o que, segundo a Bancada Ativista, caracteriza uso indevido de recursos públicos.
A ação popular pede uma liminar para que o Governo pare, imediatamente, de pintar as escolas com as diretrizes do Manual de Pintura encaminhado às escolas, e que Joao Doria e Rossieli Soares sejam pessoalmente condenados a ressarcir os cofres públicos pela destinação ilegal de verbas públicas.
“Programas que visam reformar e melhor estruturar escolas são absolutamente necessários, pois as condições das unidades são precárias, mas condicionar a reforma a uma propaganda política é muito perverso e absurdo”, reforça Paula Aparecida.
www.cartacapital.com.br - 12-12-19
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