3 de dez. de 2019

Paraisópolis: tenente-coronel defende que peritos internacionais investiguem ação da polícia. - Editor - SE FICAR NO "NÓIS, COM NÓIS", VAI ACABAR SE ABAFANDO O CASO ESSE GENOCÍDIO PRECISA SER APURADÍSSIMO.


INVESTIGAÇÃO

Paraisópolis: tenente-coronel defende que peritos internacionais investiguem ação da polícia

Oficial da reserva, Adilson Paes de Souza diz que versão oficial é "estranha", e se choca com vídeos e relatos que denunciam ação violenta dos policiais
  11:31
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"O que a policia e o governo falam e o que os vídeos mostram, são dois mundos diferentes", destaca o oficial
São Paulo – Diante das evidências que constam em diversos vídeos e relatos de moradores afirmando que as nove mortes em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, foram causadas pela ação deliberada da polícia, que teria espancado os frequentadores de um baile, entre outras possíveis distorções e abusos ocorridos na produção de laudos e reconhecimento dos corpos das vítimas do massacre, o tenente-coronel da reserva Polícia Militar de São Paulo Adilson Paes de Souza defende a nomeação de uma comissão de peritos internacionais para investigar o episódio.
O oficial da reserva estranha que oito das nove vítimas, que teriam morrido pisoteadas, sejam homens. Num tumulto como esse, era de se esperar que as mulheres fossem as principais vítimas. Segundo a versão oficial, dois jovens numa moto, que teriam trocado tiros com agentes da polícia no dia anterior, teriam furando um bloqueio policial e adentrado na área numa das ruas ocupadas pela multidão presente no baile. Os dois indivíduos e a moto não foram encontrados, nem há imagens que corroborem essa versão. A polícia apresentou apenas uma cápsula do projétil que teria sido disparado por eles.
“Onde está a moto? Se havia duas pessoas fugindo, o natural seria deixarem a moto e se misturarem a pé no meio do povo, para não serem reconhecidos. Na versão oficial, depois desse tumulto todo, acham um cartucho deflagrado de uma munição calibre .380. É muita coincidência, é estranho”, contesta Paes de Souza, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Cosmo Silva, para o Jornal Brasil Atual, nesta terça-feira (3).
A suposta perseguição aos suspeitos em meio à multidão também fere os protocolos básicos de atuação da polícia em situações como essa, segundo o oficial. “O que os vídeos demonstram é outro cenário. Se levar em conta o que a policia e o governo falam e o que os vídeos mostram, são duas realidades em dois mundos diferentes.” Ele também destacou a morte de um policial ocorrida um mês antes, nos arredores de Paraisópolis, o que aponta que a ação de repressão pode ter sido motivada por vingança.
Reportagem do site Viomundo, que ouviu moradores de Paraisópolis na condição de anonimato, também contestam a versão de que os nove jovens teriam morrido pisoteados. “Foi desesperador ver o que esses meninos passaram. Os PMs bateram sem dó. Mataram na porrada e com spray de pimenta e bombas de gás. Não foram pisoteados.” Segundo essa moradora, a história da moto “é mentira, balela”. Outro morador alega também discorda da versão oficial apresentada. “Eles já vieram determinados a matar a meninada na maldade. Encurralaram e bateram com cassetete de madeira na nuca, nas costas. Foi um massacre.”

 Abuso

Outra fato que chamou a atenção do tenente-coronel – que também é mestre em direitos humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro O Guardião da Cidade (selo Escrituras) – é o relato do tio de Luara Victoria de Oliveira, 18, que diz que foi impedido de ver o corpo da sobrinha. Apenas o rosto e os pés foram mostrados, segundo ele, durante a identificação. “Quando minha filha foi puxar esse tecido para ver o corpo da prima, a impediram, dizendo que o corpo não havia sido desinfetado”, disse Vagner dos Santos Oliveira, em reportagem do portal UOL.
Segundo o tenente-coronel, aqueles que impediram o pleno reconhecimento do corpo – não se sabe ao certo se foram agentes do Instituto Médico Legal (IML) ou policiais – deveriam ser presos por “abuso de autoridade”. “Precisamos que alguém nomeie uma comissão internacional de peritos para fazer a análise desses corpos. Daqui a pouco vão enterrar esses corpos do jeito que estão, e proibir a exumação. Além de uma questão de respeito às famílias, o reconhecimento do corpo é um ato processual. Quem proíbe está violando o devido processo legal. Isso é para evitar que haja prova que possa condenar o policial”, afirmou.

Afastamento

Os seis policiais que participaram da ação, em Paraisópolis, foram afastados das ruas, restritos a funções administrativas. Paes de Souza defende que os agentes deveriam ser presos preventivamente, até a conclusão do inquérito. “Não estou culpando de antemão. Mas é que as primeiras versões do que aconteceu (comparado) com a dinâmica dos fatos e com as imagens que apareceram, não batem. Quando as opiniões estão contraditórias, é para gerar suspeita. Se isso acontece com um cidadão comum na cena do crime, a pessoa é presa”, detalhou.
Segundo o presidente da Associação União em Defesa da Moradia e Melhoria das Comunidades de São Paulo (AUDNC), José Maria Lacerda, também disse não acreditar na versão apresentada pela polícia. “O policial que me perdoe, mas não acredito na moto. Não acredito que essa moto entrou assim. Como é que em numa rua com cinco mil pessoas vem uma moto correndo, dando fuga? Não tem ninguém atropelado, não tem essa moto. Em quem vou acreditar?”, afirmou. Ele disse que o clima entre os moradores de Paraisópolis é de medo em relação à atuação da polícia.
“Nós, trabalhadores, não podemos aceitar isso com nossos filhos. Onde vamos parar? Vamos voltar à época da ditadura? Não podemos. Temos vários policiais bons na polícia. Meus filhos e meus netos quando saem às ruas não teriam que ter medo da polícia. Agora, se veem um policial na esquina, já saem correndo, porque estão com medo. Não podemos ter medo da polícia. Eu mesmo estou cismado”, relatou Lacerda.

Ouça a entrevista completa

DISCRIMINAÇÃO

Pinheiros lidera ranking do Psiu. Com baile da DZ7, Paraisópolis é a 76ª

Não há registro de ação policial ostensiva contra o barulho no bairro nobre. Comunidade foi palco de violenta repressão policial na madrugada de domingo, resultando em nove mortos
  10:17
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AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Para dispersar torcedores na Vila Madalena, a PM usou megafone com mensagem em três idiomas, mas nenhuma bomba
São Paulo – O bairro que lidera as reclamações por conta de barulho na capital paulista não fica nas periferias, nem é conhecido por grandes bailes funk em vias públicas. Muito menos por violentas repressões policiais para acabar com eventos que reúnem jovens. Pinheiros, área nobre da zona oeste, lidera o ranking de reclamações do Programa Silêncio Urbano (Psiu), da prefeitura de São Paulo, com 345 denúncias até julho deste ano. A região compreende a Vila Madalena. Já a Vila Andrade, onde fica a favela de Paraisópolis, palco de violenta repressão policial no baile funk da DZ7, que deixou nove mortos no último domingo (1º), é apenas a 76ª no ranking, com 60 reclamações.
As informações foram obtidas pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública, em parceria com o site G1. A capital paulista registrou 9.449 reclamações de barulho – que inclui os bailes como o da DZ7 –, cerca de 52 ocorrências por dia, entre janeiro e julho. O Psiu recebe denúncias de perturbação do sossego de qualquer tipo de estabelecimento ou evento, seja comercial ou residencial. A Polícia Militar é parceira da prefeitura no atendimento aos chamados.
A diferença nas ações em cada bairro fica evidente quando se compara a ação da polícia em Paraisópolis com a dispersão de torcedores na Vila Madalena, na Copa do Mundo de 2014. Para encerrar a festa, a PM utilizava megafones e mensagens em três idiomas. Mesmo enfrentando resistência, não se utilizou de violência.
Outra região em que a Polícia Militar dispersou um baile funk com violência foi em Guaianases, no extremo leste da capital paulista, no início de novembro. A adolescente Gabriella Talhaferro, de 16 anos, ficou cega do olho esquerdo após ser atingida por uma bala de borracha disparada pelos policiais. Havia cerca de 700 pessoas no local. A polícia alega que foi atender um chamado de perturbação de sossego e que os jovens bloquearam a via. O bairro também não tem destaque nas reclamações do Psiu: está na 68ª posição.
Além de Pinheiros, aparecem no topo da lista o bairro de Santa Cecília, na região central, com 233 reclamações; Vila Mariana, com 220; Sacomã, com 217; e Itaim Bibi, com 213. A PM informou por meio de nota que as ações de dispersão de bailes funk fazem parte da Operação Noite Tranquila, criada pelo governador João Doria (PSDB) no início do ano.
“A operação tem o objetivo de evitar a instalação de bailes funk ou aglomerações que ocasionam a quebra da ordem pública e, por conseguinte, a perturbação do sossego. Os locais onde há o emprego do policiamento são mapeados pela inteligência e todas as regiões da cidade recebem a operação”, diz a nota. Foram realizadas 7,5 mil operações em 2019.
MASSACRE

A democracia não chegou na periferia, diz representante da OAB

"A tragédia não é de Paraisópolis, é de São Paulo. O Estado tem de ser responsabilizado". diz o advogado Arnobio Lopes Rocha
  09:25
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REPRODUÇÃO
São Paulo – “O que aconteceu em Paraisópolis é parte de um genocídio contra a população periférica. É de cortar o coração o que fizeram com esses jovens”, afirma o coordenador do Núcleo de Ações Emergenciais da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Arnobio Lopes Rocha, que participou ontem (2) à noite de evento sobre democracia, depois de passar o dia em contato com familiares dos rapazes mortos na zona sul de São Paulo, no fim de semana, e com autoridades. Para ele, “a democracia não chegou na periferia”.
Rocha fez parte de um grupo de entidades que se reuniu na tarde de segunda-feira com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, para cobrar providências. “Ele se comprometeu que o Ministério Público vai pedir apuração”, afirmou o advogado. O procurador nomeou a promotora Soraia Bicudo Simões, do 1º  Tribunal do Júri, para acompanhar a investigação.
A operação policial em um baile funk terminou com nove mortos e sete feridos. Até ontem à noite, Rocha, da OAB, tinha a informação de que dois permaneciam em estado grave. Ele observou que a maioria das vítimas não era do local. “A tragédia não é de Paraisópolis, é de São Paulo. O Estado tem de ser responsabilizado.”
Para o advogado, as regiões periféricas não recebem ações do Estado brasileiro. “Tinha algum contato com a Justiça do Trabalho, que está sendo desmontada”, comentou, ao participar, com dezenas de outras organizações de evento promovido pela plataforma Pacto pela Democracia, na região central de São Paulo.
TRUCULÊNCIA

Defensoria presta atendimento a familiares das vítimas de Paraisópolis

Órgão vai analisar medidas cabíveis, como pedidos de indenização e acompanhamento psicológico. Confira quem eram as vítimas fatais
  19:31
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WIKIMEDIA COMMONS
Paraisópolis foi palco da ação truculenta da PM em um baile funk no fim de semana: entidades de defesa de direitos querem apuração das responsabilidades
São Paulo – A Defensoria Pública do Estado de São Paulo afirmou hoje (2), em nota, que vai prestar atendimento aos familiares das vítimas fatais da tragédia ocorrida na madrugada de domingo em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, quando por meio da ação truculenta da Polícia Militar nove jovens, quatro deles menores, morreram pisoteados durante um baile funk. Outros 12 jovens ficaram feridos.
“Além disso, está sendo organizado para os próximos dias um plantão de atendimento da Defensoria na própria comunidade afetada, voltado aos moradores locais. Esse plantão ocorrerá no CEU Paraisópolis, quinta e sexta-feira (dias 5 e 6), entre 10h e 19h”, informou a defensoria.
Após esses passos iniciais, a Defensoria irá analisar as medidas cabíveis, incluindo eventuais pedidos de indenização e de atendimentos psicológicos, sem prejuízo do acompanhamento das investigações e apurações já em curso sobre o episódio, marcado por abuso de autoridade por parte da PM.
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O Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da instituição acompanha outros casos em que intervenções policiais em festas de rua levaram a lesões graves e permanentes. Além disso, o órgão é responsável por uma ação civil pública, ajuizada em 2014, em que pede que a Justiça determine uma série de medidas para coibir excessos por parte de policiais em manifestações públicas, incluindo manifestações culturais. Depois de uma sentença favorável em primeira instância, o caso aguarda julgamento de recurso de apelação pelo Tribunal de Justiça.
Os nove mortos durante uma ação da Polícia Militar eram jovens e quatro garotos, menores de idade. A idade das vítimas não ultrapassa os 23 anos. Eram oito homens e uma menina.
Cobrança ao Ministério Público
A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch também se manifestou em solidariedade ao luto das pessoas mortas e feridas. E cobrou que o Ministério Público a grave ocorrência: “O Ministério Público tem competência e obrigação constitucional de exercer o controle externo sobre o trabalho da polícia. Desta forma, deve garantir uma investigação rápida, completa e independente sobre qualquer abuso e uso excessivo da força nesse caso, bem como sobre os ferimentos e as mortes. O Ministério Público do Estado de São Paulo deve também iniciar sua própria investigação independente sobre a motivação, o planejamento e a execução da operação da polícia militar em Paraisópolis.”
Confira quem eram os jovens mortos
Marcos Paulo Oliveira dos Santos, 16 anos
Morador do Jaraguá, na zona norte de São Paulo, foi a primeira vítima a ser reconhecida. A família não sabia que o jovem tinha ido ao baile, já que Marcos disse que sairia para comer uma pizza com os amigos.

Denys Henrique Quirino da Silva, 16 anos
Morador de Pirituba, zona oeste, estudava e trabalhava com limpeza de estofados e sofás. A família do adolescente contesta a versão da PM de que Denys morreu ao ser pisoteado. “Depois de ter visto o corpo do meu filho, tenho certeza de que ele foi assassinado. Meu filho não foi pisoteado. O rosto dele está intacto. Foi a primeira vez que ele foi a esse baile. Foi a viagem para a morte”, disse Maria Cristina Silva, mãe do garoto, ao jornal Agora São Paulo, após reconhecer o corpo do filho no IML.
Dennys Guilherme dos Santos Franca, 16 anos
O adolescente era ex-aluno da Escola Estadual José Talarico, no distrito de Vila Matilde, na zona leste, e, segundo informações de suas redes sociais, estudava administração na Universidade Paulista (Unip). Dennys publicou sobre a ida ao baile: “Hoje eu tô inspirado, vou mandar o magrão de esquina a esquina e dar um tapa na cabeça da sua vó, não quero saber de nada, meninas hj o pai vai tá online, vou surfar mais que o Medina.”
Gustavo Cruz Xavier, 14 anos
O mais jovem entre as vítimas, morava com a família no Capão Redondo, também na zona sul. Segundo apuração do portal UOL, a família do adolescente o teria aconselhado a não ir ao baile por questões de segurança.

Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos
Morador de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, teve seu corpo reconhecido pelos pais no IML. Será velado no Velório Cristo Redentor, em Mogi.


Mateus dos Santos Costa, 23 anos
O mais velho entre as vítimas, nasceu na Bahia, chegou a São Paulo há oito anos e residia em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Morava sozinho e trabalhava vendendo produtos de limpeza.


Ainda estão entre as vítimas: Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos, de Mogi das Cruzes, Eduardo Silva, 21 e a única menina, Luara Victoria de Oliveira, 18 anos.
*Com informações da Carta Capital
INTIMIDAÇÃO

PMs tentam apreender imagens de fotógrafo que cobria ato contra violência policial em Paraisópolis 

Profissional da Ponte Jornalismo foi abordado e teve imagens exigidas por agentes da corporação. Daniel Arroyo só foi liberado após presidente do Condepe informar o próprio número de telefone aos PMs
  14:47
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DANIEL ARROYO/MÍDIA NINJA
"Eles queriam meu telefone e minhas imagens", contou o fotógrafo à Ponte. Presidente do Condepe disse que ação da PM era tentativa de cercear liberdade de imprensa
São Paulo – Em protesto contra a violência policial na noite deste domingo (1º), em Paraisópolis, zona sul da cidade de São Paulo, policiais militares tentaram apreender as imagens do fotógrafo da Ponte Jornalismo Daniel Arroyo. O profissional cobria o ato realizado pelos moradores após a morte de nove jovens pisoteados e dezenas de feridos em decorrência da atuação da PM em um baile funk da comunidade na madrugada do domingo.
O fotógrafo acompanhava a manifestação, quando parou para fazer imagens de uma abordagem policial a um motociclista. De acordo com o relato de Arroyo à Ponte, o enquadro estava sendo feito conforme as prerrogativas, mas parte do ato que caminhava voltou e, nesse momento, uns garotos jogaram uma bombinha na base da corporação. O fotógrafo, que observava a cena com a câmera, foi imediatamente interpelado pelos policiais, que passaram a exigir a entrega das imagens e de seu documento.
No vídeo divulgado pelo veículo é possível ouvir os PMs alegando que poderiam “precisar das fotos”. Ao que o fotógrafo respondeu que seria “tranquilo”, mas que acreditava que a Justiça que precisaria fazer tal pedido. Ainda assim, os agentes apanharam a identificação e continuaram exigindo um contato telefônico de Arroyo, questionando-o ainda sobre a exibição das imagens do protesto e do momento em que a bombinha foi atirada em direção à base. “Falei que ia passar tudo nos vídeos que faria, tanto cenas do protesto como aquela situação. Eles queriam meu telefone e minhas imagens”, contou o profissional à Ponte.
Com o documento do fotógrafo, que desde o início da abordagem se identificou como jornalista, os policiais oficializaram uma consulta ao sistema online da corporação com os dados de Arroyo. A ação dos PMs só foi encerrada quando o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe), o advogado Dimitri Sales, passou seu contato telefônico aos agentes. De acordo com Dimitri, aquela era uma abordagem que cerceava a liberdade de imprensa.
A Ponte questionou a Secretaria de Segurança Pública sobre a ação, mas a pasta não se manifestou oficialmente.
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