03 dez PNG 2020-2024: o fim da empresa integrada de energia
A Petrobrás anunciou, na quinta-feira (28/11), uma redução de 10% na previsão de investimentos para cinco anos em seu Plano de Negócios 2020-2024, e decidiu priorizar ainda mais os recursos na exploração do Pré-Sal, mantendo o ritmo de venda de seus ativos. O novo PNG 2020-2024 traz uma projeção de investimentos de US$ 75,7 bi (cerca de R$ 322 bi, na cotação atual), dos quais 85% serão destinados à exploração e produção de petróleo.
O documento considera preços de petróleo mais baixos do que os atuais: US$ 50 por barril nos próximos cinco anos e US$ 45 no longo prazo. Ainda, segundo o texto, a empresa espera colocar em operação 13 novos sistemas de produção de petróleo — que incluem plataformas e equipamentos submarinos. Em 2024, a meta é atingir a produção de 3,5 milhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás) por dia, crescimento de 30% com relação à meta de 2019.
Para 2020, a companhia não espera aumento de produção, diante de perdas de volumes com o declínio natural de campos mais antigos e concentração de paradas para manutenção de plataformas durante o ano. No novo Plano Estratégico, a Petrobrás passa a considerar um conceito de “produção comercial”, que exclui da conta os volumes de gás que são reinjetados nos poços, consumidos em suas instalações ou queimados – diz o texto.
No final das contas, a intenção desta gestão é jogar a pá de cal no conceito de uma empresa integrada de energia. O sonho de Castello Branco é retirar da Petrobrás toda sua capacidade de refino, distribuição e logística, promovendo um desmonte que afeta sobremaneira a soberania do Brasil e gera desemprego, vide o que acontece com a BR Distribuidora que hoje promove terror contra seus empregados, tornando real o fantasma do desemprego para mais de 3 mil pessoas.
O novo PNG, totalmente na contramão das grandes empresas do setor, usa e abusa do mito da Petrobrás quebrada para, de fato, quebrá-la.
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