Alunos celebram nas redes professora que detonou fascismo usando Vandré, Belchior e Milton Nascimento
Da Redação
O discurso da professora Miriam Bianca Amaral Ribeiro, como paraninfa da turma de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás, está sendo celebrado por alunos e colegas (ver vídeo acima).
A fala da professora, de cerca de 7minutos, viralizou.
“Que alegria ter uma colega como a Profa Miriam Bianca Amaral Ribeiro, paraninfa da turma de pedagogia da Universidade Federal de Goiás (UFG) 30/01/2020!!! Viva Paulo Freire!!!”, escreveu a colega Rosângela Corrêa.
Carolina Di Dias escreveu, no perfil da professora: “E assim, começou o discurso épico da minha querida, humana e sábia professora Miriam Bianca Amaral Ribeiro: “Prepare o seu coração pra coisas que eu vou contar: Paulo Freire, Paulo Freire, Paulo Freire.” E eu me derreti em lágrimas e aplausos. Gratidão Bianca, e a todos os mestres amados que eu tive oportunidade de galgar saberes, necessários para uma formação pedagógica e humana”.
“Quando dizem que este governo ainda cairá pelo poder das mulheres, é sobre isto aqui: Parabéns, Miriam Bianca Amaral Ribeiro”, opinou Abiã Iris.
Mariana Lopes escreveu: “MIRIAM BIANCA, que orgulho de você, de ser sua colega de trabalho e companheira de lutas! Não à toa, é também uma das referências bibliográficas da minha tese!”.
Alunos, colegas e pessoas que não conheciam a professora compartilharam o vídeo.
Em seu discurso contra o fascismo, a professora citou logo de cara Disparada, de Geraldo Vandré, depois recorreu a trecho de Como o Diabo Gosta, de Belchior, e finalizou cantando trecho de Coração Civil, de Milton Nascimento
“Pátria Amada não é Pátria Armada”, ela afirmou em uma das passagens mais aplaudidas do discurso, que utilizou para criticar — sem citar nomes — o governo Bolsonaro e o desmonte da escola pública em Goiás.
A professora cantou, para incentivar os formandos a amar a vida, repetindo a letra de Milton: “Quero a liberdade, quero o vinho e o pão; quero ter alegria, quero amor, prazer; quero minha cidade sempre ensolarada; os meninos e o povo no poder, eu quero ver”.
Coração Civil (Milton Nascimento)
Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade dos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
Quero a felicidade dos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder?
Viva a preguiça, viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso, um dia se realizar
Viva a preguiça, viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso, um dia se realizar
Como o Diabo Gosta (Belchior)
Não quero regra nem nada
Tudo tá como o diabo gosta, tá
Já tenho este peso, que me fere as costas
E não vou, eu mesmo, atar minha mão
Já tenho este peso, que me fere as costas
E não vou, eu mesmo, atar minha mão
O que transforma o velho no novo
Bendito fruto do povo será
E a única forma que pode ser norma
É nenhuma regra ter
É nunca fazer nada que o mestre mandar
Sempre desobedecer
Nunca reverenciar
É nunca fazer nada que o mestre mandar
Sempre desobedecer
Nunca reverenciar
Tudo tá como o diabo gosta, tá
Já tenho este peso, que me fere as costas
E não vou, eu mesmo, atar minha mão
Já tenho este peso, que me fere as costas
E não vou, eu mesmo, atar minha mão
O que transforma o velho no novo
Bendito fruto do povo será
E a única forma que pode ser norma
É nenhuma regra ter
É nunca fazer nada que o mestre mandar
Sempre desobedecer
Nunca reverenciar
É nunca fazer nada que o mestre mandar
Sempre desobedecer
Nunca reverenciar
Jair Rodrigues - DISPARADA - Geraldo Vandré e Théo de ...
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