Com mais de 400 mil comprimidos parados, governo Bolsonaro prepara nova compra de cloroquina
Com mais de 400 mil comprimidos parados, governo Bolsonaro prepara nova compra de cloroquina
18 dez 2020/Taís Seibt/ Comentários
Saúde
Com quase 400 mil comprimidos de cloroquina parados no Laboratório do Exército – estoque inédito do remédio, até então produzido apenas sob demanda para o tratamento de malária -, o governo brasileiro já prepara uma nova compra do medicamento para 2021. Foi o que apurou a agência Fiquem Sabendo para o Yahoo, via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Reportagem em parceria com o Yahoo Brasil, acesse aqui.
“A produção é realizada por meio de demanda e sua distribuição é feita por semestre, razão pela qual não houve manutenção de estoque em anos anteriores”, explicou o órgão. Além de ser inédito, o estoque atual de cloroquina no Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) é maior do que a produção dos últimos anos. Conforme informado via LAI, o medicamento foi fabricado em 2012, 2015 e 2017, mas apenas em 2012 a quantidade produzida superou 400 mil comprimidos.
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Aposta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como tratamento para a Covid-19, mesmo sem respaldo científico, a cloroquina teve fabricação intensificada no LQFEx, chegando a mais de 3,2 milhões de comprimidos produzidos entre março e junho, dos quais 392 mil estão parados. O custo total da produção de 2020 passou de R$ 1 milhão e o prazo de validade dos lotes é de dois anos.
Não bastasse a sobra no Exército, o Brasil também recebeu uma remessa de hidroxicloroquina doada pelos Estados Unidos. Estima-se que o governo tenha 2,5 milhões de doses de hidroxicloroquina em estoque, as quais pretende distribuir gratuitamente através do programa Farmácia Popular, ao custo de R$ 250 milhões.
https://fiquemsabendo.com.br/saude/cloroquina-bolsonaro-comprimidos/
Nova compra programada
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SOBRE O AUTOR
TAÍS SEIBT
É repórter e pesquisadora da Fiquem Sabendo - Doutora em Comunicação pela UFRGS, atua como jornalista desde 2004, foi repórter e editora no jornal Zero Hora, entre 2008 e 2015, já assinou trabalhos como freelancer para O Estado de S. Paulo, O Globo, BBC Brasil, The Intercept e Agência Pública. Foi uma das fundadoras do Filtro Fact-checking, que recebeu da Associação Riograndense de Imprensa o troféu Antonio González de Contribuição à Imprensa, em 2018. Lidera a iniciativa Afonte Jornalismo de Dados para promoção de conhecimento e produção de conteúdo em jornalismo de dados. Também é professora do curso de Jornalismo da Unisinos (RS).
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