Não podemos esperar até as eleições de 2022, diz José Dirceu. - Editor - REPITO : NÃO DEVEMOS . ACRESCENTO; NÃO PODEMOS ESPERAR MAIS. FORA BOLSONARO E TODO O DESGOVERNO. O DESGASTE DOS MILITARES EM DOIS ANOS, FOI MUITO MAIOR COM O FAKE NEWS PALACIANO POR ELES APOIADOS, TORNANDO O GOLPE DITATORIAL DE 1964, CAFÉ PEQUENO. DESTRÓI-SE UM POVO E ENTREGA-SE UMA NAÇÃO. REALMENTE NÃO SOMOS ZELADORES DA PÁTRIA. O PÁTRIA AMADA BRASIL, SUMIU DO TEXTO DE NOSSO HINO NACIONAL.
Não podemos esperar até as eleições de 2022, diz José Dirceu
Principal tarefa é remover Bolsonaro
Mudança deve ser dentro da lei
O presidente Jair Bolsonaro foi eleito a "personalidade corrupta do ano" por um consórcio internacional de jornalistas; "Estamos há 2 anos sem corrupção", rebateu o presidenteSérgio Lima/Poder360 - 16.dez.2020
JOSÉ DIRCEU
05.jan.2021 (terça-feira) - 6h00
Lá se foi 2020 e nada mudou. Ao contrário tudo se agravou. Os desafios do Brasil e de nosso povo ficaram ainda maiores. Tragicamente, não temos nenhum plano de vacinação e nem como enfrentar o agravamento da pandemia. Nunca houve um governo criminoso e irresponsável como o atual, na realidade um governo militar, autoritário, de extrema direita, obscurantista e fundamentalista. Um governo corrupto começando pela família do presidente e, também, corruptor ao capturar as instituições –como a Polícia Federal, a Receita Federal, o Coaf, o Ministério Público– e colocá-las a serviço da impunidade para benefício do presidente, sua família e grupo de áulicos, dos policiais e militares agora acima da lei.
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O governo de Bolsonaro foi ainda além ao estimular o armamento da população e apoiar as milícias, ao contrapor-se ao isolamento social e à vacinação universal pública e gratuita. Enfim, uma terra arrasada onde grassa a violência e a barbárie, que incluem o desprezo pelo meio ambiente, pela cultura e ciência, pela liberdade e democracia. Temos um governo que simplesmente nega o novo mundo que emerge na crise, com alinhamento total aos Estados Unidos de Trump e hostil à China e à União Europeia. Um governo que abandonou o Mercosul e a integração sul americana, nossa natural e necessária aliança geopolítica, solução e saída para o desenvolvimento nacional.
DOLOROSA HERANÇA
O ano que não acabou deixa uma herança de estagnação e aumento da pobreza, desemprego e desalento, precarização e sucateamento dos serviços públicos. Só austeridade –menos para as Forcas Armadas e seus oficiais–, privatização, mercado, especulação. Sem crescimento e com aumento de desemprego, ainda enfrentamos um cenário de juros reais para o consumidor, as famílias e as pequenas e médias empresas, o que, ao lado da estrutura tributária, expropria a renda nacional e reduz o Brasil a um país de subconsumo, de alta concentração de renda, riqueza e propriedade.
Teto de gastos, regra de ouro, corte de salários e gasto (exceção fica por conta das elites militares e do Judiciário) são apresentados como solução para um dos maiores países do mundo que só cresceu historicamente quando rompeu com essa ortodoxia e se lançou aos desafios e sonhos visionários de seus líderes com Getúlio, JK e Lula. Nossa história nos ensina que só com o Estado e o investimento público, com distribuição de renda e um projeto nacional será possível devolver ao país e seu povo autoestima, orgulho, confiança e coesão social.
À BEIRA DO PRECIPÍCIO
Vivemos à beira de um precipício. Nossa democracia, Estado Nacional e de Bem Estar estão em risco de um colapso ou ruptura, de serem capturados de novo por uma ditadura depravada e decadente. É hora de dar um basta e encerrar o ano de 2020 derrotando de uma vez por todas , antes que seja tarde, a camarilha que assaltou o poder em Brasília.
Não há mais dúvidas. Bolsonaro e seu bando não podem e não devem continuar governando o Brasil. É preciso impedir a marcha acelerada do governo em direção ao suicídio nacional.
Não podemos esperar por 2022 para derrotar este desgoverno. Nossa tarefa principal, em 2021, é remover Bolsonaro do cargo de presidente, de forma legal e constitucional, e mobilizar o pais para a vacinação e para um plano de emergência que evite uma catástrofe social já às nossas portas com o aumento do desemprego, da pobreza, da inflação e fim do auxilio emergencial.
De imediato, devemos barrar todas suas iniciativas no Parlamento e recorrer ao Judiciário para obrigá-lo a vacinar a população e respeitar a Constituição, impedir que continue aparelhando as instituições e que venha a controlar a mesa das duas casas legislativas. Para isso, é necessário unir todos os democratas, progressistas, nacionalistas na luta contra Bolsonaro e constituir, desde já, uma Frente Popular de esquerda para organizar a resistência popular, lutar pela vacinação pública e gratuita, pelo auxílio emergencial, por um plano de investimentos para criar empregos e renda e para disputar as eleições presidenciais em 2022.
https://www.poder360.com.br/opiniao/brasil/nao-podemos-esperar-ate-as-eleicoes-de-2022-diz-jose-dirceu/
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Autores
José Dirceu
José Dirceu
José Dirceu de Oliveira e Silva, 74 anos, é advogado. Foi deputado estadual e federal pelo PT e ministro da Casa Civil (governo Lula). Foi condenado em 1ª Instância na Lava Jato a 32 anos e 1 mês de prisão. Aguarda em Brasília a decisão do TRF-4, tribunal de 2ª Instância da Justiça Federal, sobre condenações já proferidas pelo juiz Sérgio Moro na 1ª Instância.
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