14 de abr. de 2021

Onyx e Bolsonaro promoveram tratamento definido como “mengeliano” por médico. Nebulização com cloroquina por ginecologistas é suspeita de ter matado seis. - Editor - HORRRIPILANTE.

Onyx e Bolsonaro promoveram tratamento definido como “mengeliano” por médico. Nebulização com cloroquina por ginecologistas é suspeita de ter matado seis 14/04/2021 - 19h15 FacebookTwitterWhatsAppEmailPrint Da Redação A ginecologista e obstetra Michelle Chechter e seu marido Gustavo Maximiliano Dutra, também ginecologista, promoveram nebulização com comprimidos de cloroquina diluídos, em Manaus e em Camaquã, no Rio Grande do Sul, que pode ter matado até seis pessoas. O tratamento foi promovido pelo ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni e pelo presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a Folha de S. Paulo, os dois médicos agiram sem ter autorização de um comitê de ética para sua pesquisa, o que a lei brasileira exige. No pedido de autorização que submeteram a uma das mulheres que morreram em Manaus, eles mencionam a “técnica experimental nebuhcq líquido, desenvolvida pelo dr. Zelenko”, numa referência ao médico Vladimir Zelenko, que ganhou fama depois de ter seu método endossado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um negacionista como Bolsonaro. Zelenko está sob investigação nos Estados Unidos. Mas, no Brasil, o casal de médicos agiu com liberdade, tirando proveito do apoio de bolsonaristas locais, primeiro no Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu, em Manaus, e depois no Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã, no interior do Rio Grande do Sul. Nos dois casos, os dois médicos utilizaram depoimentos de pacientes que supostamente teriam melhorado da covid-19 depois da nebulização, em vídeos que foram impulsionados por bolsonaristas nas redes sociais, inclusive o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A mentira oficializada A paciente, que teve a identidade revelada de forma ilegal pelo ministro de Jair Bolsonaro, posteriormente morreu. Jucicleia de Sousa Lira, 33, faleceu apesar da mensagem de Onyx, “de 0 a 10, melhorou 8”, deixando um bebê recém-nascido. A suspeita é de que outra grávida, submetida ao mesmo tratamento, morreu junto com o bebê. Em Camaquã, depois que o tratamento causou polêmica local, Onyx Lorenzoni intermediou uma ligação do presidente Jair Bolsonaro para uma emissora de rádio local, na qual ele apoiou o experimento da médica Michelle. A promotora de Justiça de Camaquã, Fabiane Rios, abriu investigação sobre três pacientes que morreram no hospital local depois de receberem a nebulização. A prática foi condenada por médicos, dentre outros motivos porque o próprio processo de nebulização pode espalhar o vírus pelo ambiente, contaminando outras pessoas presentes. O infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira, entrevistado pela Folha de S. Paulo, foi direto ao ponto: “Nunca vi isso. Não sabemos quantos pacientes foram utilizados, não há termo de consentimento nem comitê ético. É até mau gosto chamar de estudo. Trata-se de um experimento mengeliano”, numa referência aos experimentos do médico nazista Josef Mengele. https://www.viomundo.com.br/voce-escreve/onyx-e-bolsonaro-promoveram-tratamento-definido-como-mengeliano-por-medico-nebulizacao-com-cloroquina-por-ginecologistas-e-suspeita-de-ter-matado-seis.html
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