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Plano Municipal de Residuos Sólidos – uma enorme
omissão das gestões municipais e seu impacto no turismo
Otavio Demasi
O
desenvolvimento economico, nem sempre significa que as pessoas estejam
melhorando de vida, ou que lhes é oferecido
condições que melhorem sua
qualidade de vida. O mesmo deve atingir a sustentabilidade e o aspecto social e
entre outros estão as questões do saneamento básico e os residuos sólidos.
Sabemos que a resolução do Conama= Conselho Nacional
do MeioAmbiente 307, aprovada em 2002 definiu a Politica Nacional de Residuos
Sólidos e determinou que até 2005, todos os municipios tivessem o seu Plano
local, mas nada ou pouco foi feito, degradando a natureza e a qualidade de vida
das comunidades. Em recente estudo o Sinduscon- Sindicato da Construção Civil
do Estado de São Paulo realizou um estudo sobre os residuos da construção civil
no estado, constatando o muito ainda que falta a ser feito , para chegarse a
excelência.
Nosso país possui um arcabouço de leis bem
sedimentadas, como o Estatuto das Cidades, o Plano Nacional de Saneamento
Básico , Plano Nacional de Resíduos Sólidos e outros tantos, mas sabemos o
quanto falta tirar do papel e trazer para o dia-a-dia das pessoas que moram nos
municipios de nosso pais, o conteudo e os benefícios que os mesmos apregoam.
Sabemos que as estancias e as cidades turisticas, tem
como características o turismo de segunda residencia, além da hoteleira e que a construção civil é a maior alavanca
econômica nessas cidades e disso vem a arrecadação de IPTU e ao mesmo tempo
consomem elevados recursos naturais e geram residuos em grandes quantidades,
embora não sejam as que mais gerem residuos.
Atividade altamente impactante, geradora de empregos ,
acionando uma cadeia produtiva numerosa e diversificada, deve visualizar a
construção sustentável, com a menor geração de residuos e a sua reciclagem e a
correta destinação. Cabe aos municipios, elaborarem seu Plano Municipal de
Residuos Sólidos, disciplinando responsabilidades para os agentes envolvidos,
ou seja, os geradores de todo tamanho da empreiteira a reforma do imovel
individual , transportadores, área de destinação.
Se faz necessário normas detalhadas para os aterros,
áreas de reciclagem e do agregado
reciclado. O que se ve lamentavelemente são despejos clandestinos de toneladas
de residuos de construção, que podem render dinheiro e empregos, pois são
materiais nobres altamente recicláveis e reaproveitáveis., mas até 2013 as
prefeituras precisam implantar seu Plano de Gestão Integradaa de Resíduos
Sólidos, condição prioritária para recebimento de recursos da União e tambem o
Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos dos grandes geradores, leia-se construtoras, que exercem forte lobby
junto ao poder local.
É sabido que o manejo adequado dos residuos, traz
melhora na qualidade de vida e dos impactos ambientais e também na saúde e
saneamento. Não esqueçamos que temos entre outros os resíduos domiciliar , hospitalar de
varrição, de limpeza de boca de lobo e
organicos. Os da construção civil podemos enumerar gesso, madeira, concreto, argamassa, masa de
fachada, sacos de cimento, latas em geral, isopor, entulho e mesmo residuos
quimicos e petroquimicos.
O setor privado pode interessar a implantação de áreas
de transbordo, aterros e atividades de reciclagem, que conta com linha de
financiamento da Caixa Economica Federal. No Estado de São Paulo existem o
PATEM- Programa de Apoio Tecnologico aos Municipios, Fehidro- Fundo Estadual de Recursos Hidricos
e Fecop- Fundo Estadual de Prevenção e Controle de Poluição.
A Cetesb institucionalizou o IQG Indice de Qualidade
de Gestão e tem muita estancia, seja balneária, climática, hidromineral e
turistica, que estão com as notas que são um horror. Cabe a todos os eleitores
dessas cidades, fazerem um retrospecto do que as atuais Administrações
realizaram nesse setor e se darem Tempos Melhores, para terem melhor qualidade
de vida e fazerem desse descaso, uma nova fonte de renda e emprego.
O que se vislumbra, são aplicações de recursos oriundos do DADE- Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias -as mesma tem verba carimbada pela Constituição Estadual-, mas na maioria das aplicações são para obras ou serviços que pouco ou nada tem a ver com a infra e a estrutura urbana e turistica. Do 100% das estancias balneárias, climaticas, hidrominerais e as turísticas qque são uma aberração, pois a cidade de São PAulo, deveria ser enquadrada como tal, nenhuma vive da atividade turistica. Temos cidades dentro de cidades, com péssima qualidade de vida e péssima urbanização e planejamento turistico. Mesmo as verbas do Ministério do Turismo, em grande parte financiam inutilidades que pouco trazem de beneficios ao desenvolvimento do turismo.
Em 02 de agosto de 2012, os 5565 municipios do país devem entregar seu Plano Municipal Integrado de Resíduos Sólidos. A falta de ações no setor deixam de gerar milhares de empregos e de gerar renda quew ultrapassa alguns bilhões de rais por ano em todo o país.
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