Num encontro em que estiveram presentes cerca de setenta representantes de vários sectores do turismo nacional, Duarte Correia, vice-presidente da APAVT, salientou a importância desta iniciativa frisando que Portugal só tem a “beneficiar com estas acções”, considerando aquele destino indiano indicado para a aposta do turismo nacional, dadas as semelhanças culturais e o facto de Portugal ter marcado presença naquele país durante 450 anos de domínio.
Nas palavras do ministro Francis de Souza (nº2 do governo de Goa), “Goa tem grande potencial. Recebem cerca de meio milhão de turistas, maioritariamente ingleses, alemães, escandinávia, e com grande potencial para o mercado português, uma vez que ambos têm “a mesma religião, cultura semelhante e com grande herança cultural descendente da passagem dos portugueses por aquela cidade”. Existe uma “grande ligação distinta com Portugal. Não é como em Macau, em Goa ainda existem portugueses que falam a língua, mantêm o estilo de vida”.
Sendo a Índia um mercado emergente e importante para Portugal, a SET salientou que esta “ é uma acção que nos foi proposta por iniciativa da APAVT, sendo um tipo de acções em que se tem feito um esforço quer do ponto de vista da diplomacia económica quer do ponto de vista do Turismo de Portugal para nos centrarmos em acções concretas e muito práticas, e isso é possível fazer não só no estrangeiro como temos feito, como também aqui em Portugal. E este é um exemplo disso”.
Para Novembro está agendada uma viagem à India que servirá para explorar mercados novos. O objectivo será “tentar nesses mercados pôr os nossos empresários em contacto com os empresários de lá”. Ao contrário de mercados conhecidos da realidade portuguesa, como o inglês ou francês, em que basicamente o que os empresários procuram por parte do Estado é mais publicidade do que apoio, a verdade é que em destinos como Goa, o “Estado tem que se centrar não naquilo que seja mais importante, que são os nossos mercados centrais, mas também nos mercados em que as nossas empresas estão menos à vontade, em que conhecem menos a lei, dar esse apoio”.
“Temos que nos centrar em pequenas acções, que exigem pouco esforço financeiro mas que podem ter uma grande reprodução do ponto de vista dos resultados. Esta primeira acção tem a ver exactamente com isso. Pegar nas empresas portuguesas e pô-las em contacto com as empresas indianas. Começamos com operadores e agentes de viagens e depois podemos passar para outras empresas. Perceber que o Estado português tem, quer através da rede diplomática, quer através do ICEP ou Turismo de Portugal, tem agentes no terreno. Usar esses agentes e usá-los ao serviço das empresas. É essa a principal prioridade.”
Nas palavras de Cecília Meireles, “é preciso diversificar e apostar em mercados de diversificação. O estado português tem uma máquina em funcionamento nos principais mercados do mundo, e temos de trabalhar em conjunto para pôr essa máquina ao serviço não só do turismo, mas de toda a actividade económica e de todas as empresas. É isso que estamos a fazer. É utilizar o que já temos no terreno, o investimento que já foi feito, e tentar rentabiliza-lo ao máximo em actividades que não são muito tradicionais do ponto de vista da diplomacia”.
Antes de Miguel Morais do Turismo de Portugal fazer uma pequena apresentação do destino junto dos representantes goeses, Nilesh Cabral, director do Turismo de Goa, deu a conhecer aquela cidade indiana e as suas potencialidades, e atractividades capazes de cativar o mercado português.
Sendo um país em expansão económica, apontada como uma das três principais potências económicas na próxima década, Goa é conhecida pelas suas praias, com 105km de costa marítima, quedas de água, e várias festividades semelhantes ás de Portugal, como a celebração do S. João, a festa de S. Francisco Xavier, ou festas locais como a Ganesh Chaturthi, Diwali, Shigmo ou Holi.
Indicada para eco-turismo, a rica vida selvagem permite o contacto directo com a natureza, sendo uma cidade procurada pelos apaixonados de birdwatching, onde existem cerca de 423 espécies a observar.
matéria e fotos extraidas do www.opcaoturismo.com
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