Turismo na Cidade de São Paulo, nos últimos 42 anos, foi focado como assunto unilateral, quando na verdade é assunto macro. Além disso sua gestão focou só o lado empresarial e não o desenvolvimento sustentável e a participação comunitária. Fernando Haddad tem esse perfil de mudança -Editorial

Fernando Haddad - foto saopaulotremjeito.blogspot.com

Permita-me acrescentar o estrago que foram também os 42 anos na gestão pública estadual na condução do turismo no Estado de São Paulo, considerada pasta política para aglutinar votos dos Deputados Estaduais na Assembléia Legislativa.
O turismo é antes de mais nada uma ferramenta de gestão pública e um princípio macro de desenvolvimento sustentável e social, portanto é e deve ser considerado estratégico, pois é o maior redistribuidor de rendas para qualquer cidade. É a atividade que utiliza todos os espectros da sociedade de todas as formações e o que aglutina em seu redor todas as manifestações típicas e genuinas de uma sociedade, através de sua criatividade em todas as áreas, sendo o maior multiplicador economico, tanto dos recursos internos, quanto dos externos.
O turismo é muito mais que eventos, mega eventos, festividades, trade turistico, entre outros. O turismo é atividade altamente sociológica , filosófica e educacional, pois está diretamente ligada  a alma do povo de uma cidade. A atividade turistica na cidade de São Paulo está em Parelheiros, no Jaçanã, em Santo Amaro, no Butantã, em Pinheiros, no Jardim Angela, no M Boi Mirim, no Bororé, Vila Mariana, no Jabaguara, em Paraisópolis, em Heliópolis, no Tatuapé, na Penha, na Cantareira, na Moóca, no Brás, no Bixiga, mas teimosamente e com uma política pública utópica, os dirigentes, repito, nos últimos 42 anos, achavam que o mundinho do turismo era uma pequena área geográfica paulistana e a participação comunitária, sempre  desconsiderada.
Quem faz e quem é a essencia do turismo em qualquer parte do mundo é o povo, com sua criatividade, seu folclore, seu artesanato, sua personalidade, seu carisma, seu jeito, sua cultura, sua gastronomia. É o povo que recebe, é o povo que informa e é o povo que acolhe as e os  turistas. A moldura geográfica, histórica, patrimonial, arquitetonica, ecológica, entre outras são recursos potenciais de atração, que são mostrados  pelo povo, que se  envolvendo com o típico calor brasileiro de afeto e profissionalismo , vai gerando e gerando mais negócios, mais empregos, mais renda, mais empreendedorismo e até mais impostos e mais midia.
Tenho certeza  que a renovação da atividade turistica na cidade de São Paulo, tendo a frente Fernando Haddad como prefeito, será o passaporte da renovação e o direito da participação comunitária nos destinos da cidade, que passa em todos os quadrantes pelo atividade turística.