São Paulo, Segunda-feira, 28 de Junho de 1999 ![]() |
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Organização inglesa quer atrair empresa brasileirada Reportagem Local A organização britânica de cidadania empresarial "The Prince of Wales Business Leaders Forum", criada, há sete anos, pelo príncipe Charles, herdeiro do trono do Reino Unido, com o objetivo de promover parcerias entre as grandes empresas multinacionais, o setor público e a sociedade civil em projetos sociais em países em desenvolvimento, quer agora trazer sua experiência para o Brasil. O primeiro passo foi a participação de Adrian Hodges, diretor para a América Latina da instituição britânica, na Conferência de Responsabilidade Social Empresarial nas Américas, promovida pelo Instituto Ethos, na semana passada, em São Paulo. Apenas uma empresa brasileira de atuação internacional, a Aracruz, do setor de papel e celulose, integra o corpo de 50 multinacionais do "Prince of Wales Business Leaders Forum", que, atualmente, desenvolve projetos em 30 países em desenvolvimento. "Nosso objetivo é atrair mais empresas brasileiras para nossa organização para que a voz da América Latina possa ser ouvida no contexto da atuação social das grandes multinacionais", diz Hodges. Hodges diz que a principal função do fórum empresarial do príncipe Charles é articular os interesses das empresas, do governo e da sociedade civil, diminuindo o grau de desconfiança e os preconceitos entre esses três setores. "Temos conseguido despertar o sentimento de responsabilidade civil das empresas, mas, a menos que o setor público e a sociedade civil entendam como trabalhar com as empresas, teremos apenas criado expectativas e fracassado na entrega do produto", diz. Pesquisa Com o objetivo de erradicar preconceitos e valorizar os pontos positivos, a organização britânica faz pesquisas sobre a visão de cada um desses três setores tem um do outro. Uma pesquisa no Brasil mostrou que as organizações não-governamentais encaram o governo como inimigo e as empresas como manipuladoras da sociedade. Uma pesquisa mais ampla, realizada com líderes dos três setores na América Latina e em países da ex-comunistas da Europa Oriental, mostrou que as empresas acham que os governos são burocratas, corruptos e autoritários e que falta profissionalismo nas organizações da sociedade civil. "Há uma falta de confiança entre os três setores, mas, no Brasil, felizmente, surgem exemplos de entendimento e de um desejo muito grande de responsabilidade social das empresas como prova o apoio de 167 empresas ao Instituto Ethos em menos de um ano", diz Adrian Hodges. "A busca da confiança entre os três setores é a chave para o sucesso do processo de formação de parcerias", diz Hodges. (ACS) http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi28069909.htm |
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