6 de jul. de 2018

ACUSADO DE MATAR AMIGO, PAI DO DEPUTADO FAUSTO PINATO SERÁ JULGADO NOVAMENTE POR JÚRI POPULAR

ACUSADO DE MATAR AMIGO, PAI DO DEPUTADO FAUSTO PINATO SERÁ JULGADO NOVAMENTE POR JÚRI POPULAR

O advogado Edilberto Donizeti Pinato – pai do deputado federal Fausto Pinato e do vice-prefeito de Fernandópolis, Gustavo Pinato – deverá ser julgado novamente por um júri popular, sob a acusação de ter matado a tiros, há dezesseis anos, o engenheiro da Sabesp, José Carlos Lemos.

Será a segunda vez que Edilberto se submete a um júri popular. A primeira vez foi em novembro de 2008, quando ele – defendido pelo famoso advogado Alberto Zacarias Toron, o mesmo que defendeu o médico Luiz Henrique Semeghini – foi inocentado pelo Conselho de Sentença, que acolheu a tese de legítima defesa.

O Ministério Público, inconformado com a absolvição, interpôs um recurso e quase quatro anos depois, em março de 2012, o TJ-SP reconheceu que a decisão dos jurados foi “manifestamente contrária à prova dos autos” e determinou a anulação do julgamento. 

A sessão do novo julgamento foi marcada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinícius Castrequini Bufulin, para o próximo dia 02 de maio. Não se assustem, porém, se o novo julgamento – que já foi marcado outras duas vezes, em 2014 – for mais uma vez adiado por algum recurso da defesa.

O crime ocorreu no dia 25 de novembro de 2002. De acordo com a versão da polícia, José Carlos Lemos participava de uma reunião com outros quatro funcionários da Sabesp, em Fernandópolis, quando foi surpreendido por Edilberto, que entrou na sala e efetuou dois disparos contra o engenheiro. A vítima ainda conseguiu chegar à sua sala, onde apanhou uma arma e tentou atirar contra Edilberto, mas acabou morrendo com um tiro no peito.

Agora a versão de Edilberto, que teria procurado José Carlos para tirar satisfações sobre o conteúdo de um bilhete anônimo que havia recebido:  “Fui primeiro no escritório da Sabesp em Jales, mas ele não estava. Aí pensei em me precaver e busquei meu revólver 38 em casa. Fui na Sabesp daqui e ele estava em reunião com mais quatro pessoas. Zé Carlos estava de costas, virou-se e partiu pra cima de mim, com a mão na cintura para sacar a arma. Eu descarreguei o revólver”.

Não se tem notícia de que o autor do irresponsável bilhete anônimo – que causou o crime – tenha sido identificado. O que dizia o tal bilhete? Que José Carlos estaria mantendo uma relação inapropriada com a então mulher de Edilberto, o que, segundo o advogado, foi admitido pela ex-esposa.

Edilberto e José Carlos eram muito amigos, sendo que o primeiro advogava para uma empresa do segundo. Em depoimento, Edilberto confirmou a amizade. “A gente era muito próximo, quase irmãos. Saíamos juntos, pescávamos juntos…”.

Um dado curioso: como advogado, Edilberto foi assistente de acusação no julgamento do médico Luiz Henrique Semeghini, que, em outubro de  2000, matou a esposa Simone Maldonado. Agora é a vez dele se sentar novamente no banco dos réus.

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