2 de out. de 2018

Alckmin teve líder do Endireita Brasil como secretário de Meio Ambiente, mas não quer “politização” na área. - Editor - SE NÃO DÁ PARA ACREDITAR EM UMA SÓ PALAVRA NO "SANTO", O QUE DIRÁ DO "DIABO"

Alckmin teve líder do Endireita Brasil como secretário de Meio Ambiente, mas não quer “politização” na área

IN DE OLHO NA POLÍTICADE OLHO NO AGRONEGÓCIODE OLHO NO AMBIENTEEM DESTAQUEPRINCIPALÚLTIMAS
Por Leonardo Fuhrmann
Candidato do PSDB à Presidência da República, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin afirma, em seu programa de metas, que vai evitar a “politização” e a visão de “curto prazo” na questão ambiental, que teriam pautado os debates ambientais nos últimos anos. Seu governo, diz, seria “firme e técnico” na questão ambiental.
A proposta não é baseada na experiência de Alckmin à frente do governo paulista por quatro mandatos. Entre 2016 e 2017, ele manteve como seu secretário de Meio Ambiente o advogado Ricardo Salles, um dos fundadores do movimento Endireita Brasil. O secretário-adjunto era Antônio Velloso Carneiro, ligado ao mesmo grupo.
Com Salles: é para politizar o ambiente ou não? (Foto: Alexandre Carvalho/Divulgação
Salles havia sido secretário particular de Alckmin entre 2013 e 2014. Era filiado ao PP, partido da base aliada do governador. Ele pediu demissão por pressão do próprio partido, em razão do desgaste provocado pelas denúncias de improbidade administrativa. Salles se tornou réu sob a acusação de ter alterado ilegalmente o zoneamento da proposta de plano de manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê.
O ex-secretário também foi acusado de ter dado andamento à negociação de imóvel do Instituto Geológico, na capital, apesar de parecer contrário da sua consultoria jurídica e de fazer um chamamento público para a concessão para a venda de 34 áreas do Instituto Florestal sem autorização legislativa. Ele também era alvo de críticas de pesquisadores e por ambientalistas por não levar em conta aspectos técnico-científicos para tomar decisões e por fazer nomeações políticas para chefias de unidades de conservação.
Candidato a deputado federal pelo partido Novo na eleição deste ano, Salles recebeu críticas do próprio partido em razão de seu material de campanha. No cartaz, aparece uma imagem de munição de uma arma e faz menção a ser contra “a esquerda e o MST”, a “bandidagem no campo”, os “roubos de trator, gado e insumos” e a “praga do javali”.

POLÍTICO PERDE APOIO ENTRE RURALISTAS

Ana Amélia, a vice do PP, representa o agronegócio. (Imagem: Baptistão)
Antes de Salles, o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas, também foi secretário de Meio Ambiente de Alckmin. Nesta campanha, o ex-governador escolheu como vice a senadora Ana Amélia Lemos (PP). O objetivo foi, além de fortalecer sua campanha na região Sul, fazer um aceno para a bancada ruralista, à qual ela é ligada.
Apesar de abrir espaço para o setor em sua chapa, Alckmin tem perdido apoio entre os ruralistas em função do fraco desempenho eleitoral. O candidato do PP gaúcho ao Senado, Luis Carlos Heinze, anunciou seu apoio a Jair Bolsonaro no primeiro turno. Vice de Antonio Anastasia na disputa ao governo de Minas Gerais, o deputado federal ruralista Marcos Montes (PSD) já cogita o apoio a Bolsonaro nesta fase da eleição.
Outro nome importante na bancada ruralista, o deputado mato-grossense Nilson Leitão, líder do PSDB na Câmara já afirmou que vai encaminhar um apoio do partido ao candidato do PSL em um eventual segundo turno. Montes e Leitão foram os últimos presidentes da Frente Parlamentar da Agropecuária, antes da atual líder, deputada Tereza Cristina (DEM-MS).
Em seu programa de governo, sucinto, Alckmin promete uma transformação do plano de safra em plano plurianual, para garantia de paz e segurança jurídica no campo e consolidação dos programas de seguro agrícola e rural. O tucano defende os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável como parâmetro, com atenção especial para o bioma amazônico, políticas afirmativas para as populações negra e indígena e políticas especiais para o desenvolvimento pleno das regiões Norte e Nordeste.
https://deolhonosruralistas.com.br/2018/10/02/alckmin-teve-lider-do-endireita-brasil-como-secretario-de-meio-ambiente-mas-promete-evitar-politizacao-na-area/
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