Rosana Paulino: A costura da memória na Pinacoteca de San Pablo

No sábado, dia 8 de dezembro, às 11 horas, abre uma exposição que ressoará no contexto da bateria brasileira: Rosana Paulino: A Costura da Memória, uma espécie de antologia de 140 obras que condensam 25 anos de carreira do artista problematizou, conceitual e poeticamente, o ato de bordar como matriz performativa da história, historiografia e suas bordas conflitantes em nossas sociedades coloniais.



Esta exposição é um final poderoso por um ano chave na Pinacoteca, onde, além de sediar os shows Radical Mulheres, também com a participação de Valeska Soares, Laura Lima, Rosângela Reno, Ana Dias Batista até Hilma Af Klint .
Como explicado pelo material deste museu especial que tanto amamos e não nos cansamos de visitar periodicamente em Leedor: "A produção de Paulino abordou situações derivadas do racismo e dos estigmas deixados pela escravidão que cercam a condição da mulher negra em Sociedade brasileira, assim como os diversos tipos de violência sofridos por essa população. O artista usa diferentes técnicas - instalações, gravuras, desenhos, esculturas, etc. - e coloca-os a serviço do questionamento da visão colonialista da história que subsidia a (falsa) noção de democracia racial brasileira. Essas fundações colocaram o conhecimento científico e biológico dos povos e da natureza dos trópicos, contaminaram as narrativas religiosas até chegarem ao foro interno,

Racks (1997) e Parede da memória (1994-2015), Tecelãs (2003),Assentamento (2013), A Geometria à brasileira chega ao paraíso tropical(2018) e Paraíso Tropical(2017) são alguns dos trabalhos que este artista vigoroso apresentará nesta ocasião. Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - Eca / USP, Especialista em Gravura pelo London Print Studio, Londres e Bacharel em Gravura pela Eca / USP, como você pode ler, é uma das referências mais importantes que o Brasil tem hoje, que afirma o que chamamos de paradigma de pesquisa de arte contemporânea e fornece aquela virada política e descolonial que nos interpreta e nos desafia sobre a naturalização do negro como máquina de afirmar e destruir a alteridade ao mesmo tempo, como uma ferramenta de luta assumida pelos colonizados / escravizados.
Rosana Paulino:
Curadoria da Costura da Memória de Valéria Piccoli e Pedro Nery
Praça da Luz 2, São Paulo, SP
Até 4 de março de 2019.
Curadoria da Costura da Memória de Valéria Piccoli e Pedro Nery
Praça da Luz 2, São Paulo, SP
Até 4 de março de 2019.
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