23 de mai. de 2019

PELO BRASIL, ENCONTRAMOS MODOS DIVERSOS DO PREPARO DA CACHAÇA. SÃO 'ESCOLAS ARTESANAIS" - Como fazer cachaça em 8 passos



Viajando pelo Brasil é possível encontrar produtores com diferentes visões na hora de se pensar e fazer cachaça. Estamos chamando essas diferentes filosofias de produção de "Escolas Cachaceiras". 
Escolas Cachaceiras - cachaça Princesa Isabel
Cachaça Princesa Isabel tem no seu portfolio cachaças que seguem a Escola da Tanoaria Brasileira e Escola da Seleção de Leveduras. 
Conheça mais
Verdades e mitos sobre o consumo de bebidas alcoólicas
O mundo das bebidas alcoólicas está repleto de histórias inusitadas e informações fakes. Para incentivar um consumo moderado e inteligente é importante estar sempre atento aos dados confiáveis. Aqui desvendamos verdades e mitos sobre o consumo de fermentados e destilados.
Veja mais
Macunaíma, novo clássico da coquetelaria brasileira
Macunaíma, o coquetel tem potencial de representar a coquetelaria brasileira em todos os cantos do mundo pela sua brasilidade e simples preparo.
Ver a Receita
Produção sustentável de cachaças orgânicas
Uma produção sustentável de cachaça não é apenas economicamente eficiente, mas também ecologicamente prudente e socialmente desejável.
Conheça mais
Como fazer cachaça em 8 passos
A melhor maneira de se conhecer uma produção de cachaça é visitando um alambique. Mas para facilitar o entendimento de como se produz uma boa caninha, dividimos o processo de produção de cachaça artesanal em 8 passos. 
Aprenda mais
O Mapa da Cachaca é uma realização possível graças ao suporte dos seus apoiadores e patrocinadores. Somos orgulhosamente apoiados por:

Gouveia Brasil
Jiquitaia
Mato Dentro
Princesa Isabel
Santa Terezinha
Tiê 
Verallia - Selective Line
Yaguara


Se você gosta dos nossos artigos, vídeos e conteúdo em geral considere nos apoiar para que possamos continuar desenvolvendo informação de qualidade sobre o destilado mais brasileiro do mundo. Escreva para contato@mapadacachaca.com.br ou +55 11-965182333 - veja todos os nossos parceiros
Copyright © 2019 Mapa da Cachaça, All rights reserved.
Você está recebendo esse e-mail porque se inscreveu no Mapa da Cachaça - o maior site na web sobre o destilado brasileiro.

Our mailing address is:
Mapa da Cachaça
R. João Batista Geraldi, 44
Barão Geraldo
CampinasSão Paulo 13085020
Brazil




Como fazer cachaça em 8 passos

29 de 04 de 2019

A melhor maneira de se conhecer uma produção de cachaça é visitando um alambique. Mas para facilitar o entendimento de como se produz uma boa caninha, dividimos o processo de produção de cachaça artesanal em 8 passos. Ilustramos também com imagens para que você entenda melhor como se faz a aguardente brasileira.

Produção da Cachaça de Alambique - Mapa da Cachaça
As etapas de produção da cachaça artesanal.
cachaça é a bebida típica e exclusiva do Brasil, produzida no nosso litoral desde o começo do século XVI e que conquistou todos os cantos do país. Apesar da diversidade de receitas, que faz com que cada região do Brasil apresente cachaças com cores, aromas e sabores distintos, a aguardente de cana brasileira deve seguir as seguintes etapas de produção:

1. COLHEITA:

  • Cana de açúcar é uma planta tropical que cresce bem em temperaturas entre 18ºC a 35º
  • A colheita pode ir de Maio até Dezembro
  • A cana é colhida com brix (quantidade de açúcar na planta) geralmente entre 18º a 24º
  • Existem diversas variedades de cana: SP80-1842, RB85-5156, CTC-5, Java Amarela, Cayana, Creoula…
  • Uma tonelada de cana colhida resulta em 130 litros de cachaça
  • Na produção da cachaça industrial, a cana é colhida por máquinas.

2. MOENDA:

  • A garapa é extraída da cana nas primeiras 24-30 horas depois da colheita.
  • O bagaço é separado do caldo de cana.
  • Alguns produtores ainda utilizam a força da água para fazer funcionar a moenda.

3. FILTRAGEM:

  • Depois da extração, o caldo é filtrado por uma peneira e por decantação, deixando para trás o bagacilho.
  • A presença de bagacilho poderá trazer elementos indesejáveis ao destilado como o furfural.

4. REDUÇÃO DO BRIX:

  • Adiciona-se água ao caldo de cana para reduzir o brix. Geralmente o brix vai de 20-24º para 16-18º
  • Alguns produtores pasteurizam o caldo de cana antes desse processo.

5. FERMENTAÇÃO:

  • Microorganismos transformam o açúcar em álcool e gás carbônico.
  • A fermentação dura entre 14 a 24 horas.
  • Na fermentação da cachaça industrial são usados químicos, como o sulfato de amônia e antibióticos. O processo pode demorar de 8 a 16 horas.
  • A temperatura ideal durante a fermentação varia entre 28ºC a 32ºC
  • Diferentes tipos de leveduras podem ser usadas durante a fermentação: selvagens, CA-11, CANAMAX, CAT-1, BG-1 ou até mesmo aquelas selecionadas do próprio canavial.
  • Alguns produtores artesanais utilizam o chamado “Fermento Caipira” para catalizar o processo de fermentação. A sua receita pode levar limão, laranja, milho, mandioca, soja e arroz.
  • Depois de “zerado” o açúcar do caldo, o vinho de cana tem de 7-9% de álcool.

6. DESTILAÇÃO:

  • Alambiques de diferentes formatos, tamanhos, volumes e materiais podem ser usados para destilar o vinho da cana.
  • Alguns produtores utilizam o bagaço da cana para alimentar o fogo que aquece o alambique (produção sustentável).
  • O aquecimento do alambique pode ser feito de forma direta ou indireta. (fogo direto na panela ou aquecimento a vapor)
  • A destilação da cachaça industrial é feita em colunas de inox, enquanto a produção artesanal é feita em alambiques de cobre. O cobre presente nos alambiques age de forma a reduzir o teor de compostos sulfurados na cachaça – evitando a presença do desagradável odor de ovo podre.
  • Durante a destilação em alambique artesanal são separados a cabeça, coração e calda. A cabeça e calda são descartadas, engarrafando apenas o coração – fração ideal para consumo.

7. ARMAZENAMENTO E ENVELHECIMENTO:

  • A cachaça pode ser armazenada em dornas de inox antes de ser engarrafa.
  • A cachaça pode também ser armazenada ou envelhecida em barris de madeira. Algumas madeiras usadas: carvalho, amburana, ipê, bálsamo, grápia, garapeira, freijó, amendoim, jequitibá, jatobá, castanheira.
  • Para ser chamada de envelhecida, a cachaça precisa repousar em barris de até 700L por no mínimo 1 ano.
  • Diferentes madeiras trazem cores, aromas e sabores distintos.
  • Geralmente, a cachaça entra nos barris com 60-50º alcoólicos.
  • Envelhecer agrega valor comercial ao destilado.
  • Algumas regiões têm costumes de usar um tipo específico de madeira. Como o uso do freijó no Brejo Paraibano (PA) e do bálsamo em Salinas (MG).
  • Alguns produtores adicionam caramelo para dar a coloração amarelada.

8. ENGARRAFAMENTO:

  • A cachaça que passou por inox ou que foi armazenada em barris de madeira pode ser diluída e padronizada para então ser engarrafada.
  • Para ser chamada de cachaça o teor alcoólico da aguardente de cana deverá estar entre 38º-48º
  • Produtores artesanais engarrafam manualmente, enquanto que empresas maiores possuem um processo mecanizado.
Share:

Related Posts:

0 comentários:

Postar um comentário