8 de jun. de 2019

O Brasil está de luto. - Editor - A PETROBRÁS É O ESTEIO MACRO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL. SÃO 800.000 EMPREGOS QUALIFICADOS. 60.000 ENGENHEIROS ESPECIALIZADOS. 5.000 EMPRESAS ABALADAS. ANOS A FIO DE PESQUISAS, INOVAÇÕES JOGADAS NO LIXO, POR UMA VISÃO SÓ LEGALISTA E NÃO ESTRATÉGICA PELO STF- SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A SOCIEDADE BRASILEIRA, NÃO ESTÁ SATISFEITA COM ESSE RESULTADO NEGATIVO PARA O BRASIL E PARA OS 213 MILHÕES DE BRASILEIROS, TOMADOS PELOS MINISTROS. QUE A GREVE GERAL DO DIA 14, SE POSICIONE A FAVOR DE UM PLEBISCITO SOBRE A PETROBRÁS.


Pedro Celestino
Presidente do Clube de Engenharia
O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem que a alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige autorização legislativa e licitação; entretanto, a exigência de tal autorização não se aplica à alienação de subsidiárias e controladas, desde que a criação delas não tenha sido feita por lei.
Decidiu ainda que a dispensa de licitação não as exime de seguir procedimentos que atendam aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade estabelecidos no art. 37 da Constituição Federal, de modo a assegurar a necessária competitividade.
Estava em causa a alienação de ativos da Petrobrás, política adotada desde a gestão Bendine, no governo de Dilma Rousseff, para reduzi-la à condição de mera produtora e exportadora de petróleo bruto, tornando o Brasil refém das petroleiras privadas multinacionais para o atendimento às suas necessidades de derivados de petróleo e de petroquímicos.
O Supremo atendeu à lógica formal. Se a decisão de investir em determinado ativo, ou de criar subsidiária ou controlada não se baseou em autorização legislativa, não há por que exigí-la nas alienações de controle acionário. Não atentou o Supremo, entretanto, para a fraude intencional à lei, praticada pelas administrações da Petrobrás desde Bendine: criam subsidiárias com o propósito deliberado de permitir a sua venda. Privatizam a Petrobrás por partes (gasodutos, refinarias, petroquímicas), em negócios sem a mínima transparência. Nesta toada, todos os ativos da Petrobrás poderão ser vendidos sem a necessária autorização legislativa. Sob o silêncio atordoante das nossas lideranças empresariais, o Brasil perde uma ferramenta essencial ao seu desenvolvimento.
Décadas de esforços para construir uma das maiores petroleiras do mundo estão postos a perder. Mais de 5000 empresas, nacionais e estrangeiras, cerca de 800.000 empregos qualificados, dos quais os de mais de 60.000 engenheiros, perderão a razão de ser. A nós, brasileiros, no setor de óleo e gás, restarão empregos e negócios nas áreas de segurança, transporte e alimentação. Por isto, está de luto o Brasil.
O Clube de Engenharia continuará a lutar pela preservação do nosso patrimônio. Neste sentido conclama todos quantos tenham compromisso com os interesses nacionais a instarem o Congresso Nacional a, com a urgência possível, adotar legislação que impeça a continuidade do desmonte da nossa estrutura produtiva, que nos remete de volta ao passado colonial e ao risco de uma explosão social.
http://portalclubedeengenharia.org.br/2019/06/08/o-brasil-esta-de-luto/
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