18 de set. de 2019

Justiça manda governo Bolsonaro prorrogar Mais Médicos em São Paulo. - Editor - NÃO SE ESQUEÇA, O ATUAL PRESIDENTE É DO PSL 17, ALÉM DE INÚMEROS GOVERNADORES, SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS, QUE SÃO CONTRA O POVO E O BRASIL. 2020 ESTÁ AÍ. NÃO DEIXE SEU MUNICÍPIO CAIR NAS MÃOS DESSA TURMA DA DIREITA QUE SÓ QUER ESMAGAR OS MENOS FAVORECIDOS.

DERROTA

Justiça manda governo Bolsonaro prorrogar Mais Médicos em São Paulo

Sem oferecer alternativa de atendimento à população, Ministério da Saúde se recusava a prorrogar contratos de 43 médicos que atendem na periferia da capital
  21:20
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DIVULGAÇÃO / MAIS MÉDICOS
Mais Médicos: Paulo Cézar Duran considerou que o município, por meio da petição, manifestou "sua vontade em prorrogar o convênio com a União para atendimento da população que necessita dos serviços essenciais à saúde"
São Paulo – O juiz Paulo Cezar Duran, da 21ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou hoje (17) que o Ministério da Saúde prorrogue por mais seis meses o contrato de 43 médicos que atuam no programa Mais Médicos na capital. Os profissionais foram contratados por meio do acordo de cooperação firmado em 2016 com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo para suprir em parte a demanda por atendimento nas regiões mais periféricas. Pelo convênio, a prefeitura repassa ao governo federal os recursos para o pagamento de salários. Os contratos, que expiraram no domingo (15), só poderiam ser renovados pelo Ministério.
O magistrado acolheu Ação Civil Pública movida pela Central dos Movimentos Populares (CMP), o Movimento pelo Direito à Moradia (MDM) e a Associação Cidadania e Saúde, que congrega os movimentos de saúde da capital. Todas têm representantes no Conselho Municipal de Saúde (SMS).
Questões jurídicas apontadas pelo governo de Bolsonaro para antecipar o fim do programa na capital paulista, como a falta do registro dos profissionais junto ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo, foram desconsideradas na sentença. Em seu despacho, o juiz argumenta que se realmente fosse um empecilho intransponível, o convênio não teria sido gerado pela União.
E que “a inércia da União em adotar qualquer medida administrativa desde abril deste presente ano revela ausência de qualquer problema funcional para a manutenção provisória do programa”. “Ressalto o fato de que a União, ao não adotar qualquer instrumento judicial de encerramento do programa mais médicos, criou uma expectativa de direito para o município de São Paulo no que diz respeito a sua continuidade”, destacou em seu despacho.
Paulo Cézar Duran considerou ainda que o município de São Paulo, por meio da petição manifestou “sua vontade em prorrogar o convênio com a União para atendimento da população que necessita dos serviços essenciais à saúde”. E que
a “União, por sua vez, destaca que não se encontra obrigada a conveniar com o Município de São Paulo”. “Porém, verifica-se que o prazo do convênio se encerrou desde abril do presente ano sem que a União promovesse conjuntamente com o município de São Paulo um programa alternativo para atender a população na sua necessidade de saúde pública”.
Ainda segundo o magistrado, “na ausência de qualquer substituto ao programa Mais Médicos no município de São
Paulo, o deferimento parcial da liminar há de ser concedido, evitando-se a um prejuízo ao
atendimento de saúde, sobretudo pelo relevante fato de que a ausência dos 43 profissionais médicos se faz nas áreas mais carentes no atendimento à saúde.”
Ex-ministro da Saúde que junto com a então presidenta Dilma Rousseff criou o programa Mais Médicos, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) comemorou a decisão da Justiça. Por meio de um vídeo divulgado em uma rede social, ele destacou a luta dos movimentos sociais e dos médicos pela manutenção dos contratos que é defendido pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) e o secretário municipal de saúde Edson Aparecido.
“O ministério da Saúde vinha negando essa prorrogação. Mas a Justiça deu parecer favorável, por pelo menos mais seis meses o contrato desses médicos e médicas. São médicos brasileiros que estão dando um show de atendimento na periferia de São Paulo e poderiam perder o contrato essa semana”.
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