Venezuela pede bloqueio de contas de aliados de Guaidó envolvidos em corrupção
Controlador-geral da República, Elvis Amoroso, também solicitou o bloqueio de transações financeiras dos nomeados por Guaidó para assumirem cargos executivos em estatais venezuelanas internacionais
O controlador-geral da República da Venezuela, Elvis Amoroso, solicitou nesta sexta-feira (06/12) à Superintendência das Instituições do Setor Bancário (Sudeban) o bloqueio das contas de um grupo de deputados acusados de corrupção ligado ao presidente autoproclamado Juan Guaidó.
O pedido de bloqueio de contas também foi solicitado a cidadãos designados por Guaidó para assumirem de forma irregular os cargos executivos de empresas estatais venezuelanas como a Citgo, petroleira que fica nos EUA e teve cerca de US$ 7 bilhões (R$ 28 bilhões) em ativos bloqueados pelo Departamento do Tesouro norte-americano.
"Citgo tem um valor de US$ 34 bilhões, mas Guaidó a avaliou em US$ 1,5 milhão gerando uma perda para os venezuelanos. Por isso, solicitamos que essa instância [Sudeban] impeça qualquer tipo de negociação com Guaidó e seu círculo de criminosos através do sistema financeiro venezuelano", disse Amoroso.
O controlador ainda afirmou que a Venezuela não aceitará que o "dinheiro dos venezuelanos seja tratado de maneira irregular para criar terrorismo e ansiedade" no país. "Aqui mencionamos o grupo de pessoas que enriqueceram com isso, assim como aqueles que estão na Colômbia e que têm mansões e uma vida ostensiva nos países do Grupo de Lima", disse.
Reprodução/CGR
'Fazemos isso para que o povo da Venezuela esteja atento', disse Elvis Amoroso
Amoroso acrescentou que a lista dos envolvidos será divulgada e que as sanções também serão aplicadas aos que realizaram algum tipo de transação com os implicados nos casos de corrupção.
"Fazemos isso para que o povo da Venezuela esteja atento, receba desta instituição as informações de pessoas que estão desabilitadas com as contas bloqueadas, para que se abstenham de fazer qualquer tipo de negociação", afirmou.
Entre os suspeitos que tiveram suas contas bloqueadas estão o deputado Javier Troconis, designado por Guaidó para recolher os ativos venezuelanos no exterior, e Rafael Ramírez, ex-presidente da PDVSA, a estatal petroleira da Venezuela, que é conhecido como "sócio e cúmplice" do presidente autoproclamado.
*Com Sputnik
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