Villas Boas descarta um novo AI-5: Brasil é um país com instituições amadurecidas
Ex-comandante do Exército, general Villas Boas relembra pressão por intervenção militar e descarta medidas como o AI-5. "O Brasil hoje é um país que conta com instituições amadurecidas, portanto dispensa o uso de mecanismos não constitucionais", diz ele



247 - Ex-comandante do Exército, general Villas Boas, em entrevista concedida ao joenal O Globo, relata detalhes da tensão às vésperas do impeachment de Dilma e relembra pressão por intervenção militar. O militar também descarta medidas como o AI-5.
Questionado se houve algum risco de decretação de 'Estado de Defesa' durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff?, ele diz que "esse episódio ganhou uma versão que não é totalmente verdadeira. Ao longo do processo de impeachment, dois parlamentares de partidos de esquerda procuraram a assessoria parlamentar do Exército para sondar como receberíamos a decretação de um “Estado de Defesa” (possibilidade constitucional na qual o presidente decreta por 30 dias situação emergencial restringindo direito de reunião e de comunicação). Confesso que fiquei preocupado, porque vi ali uma possibilidade de o Exército ser empregado contra as manifestações. Contudo, corre uma versão de que a presidente Dilma teria me chamado e determinado a decretação do “Estado de Defesa”, e eu teria dito que não cumpriria. Isso não aconteceu. Mas que houve a sondagem, ela de fato houve".
Recentemente, Eduardo Bolsonaro disse que o Brasil poderia ter um novo AI-5. Boas discorda do filho de Bolsonaro. "O Brasil hoje é um país que conta com instituições amadurecidas, portanto dispensa o uso de mecanismos não constitucionais".
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