Diário do Bolso: Moro tira miliciano da lista dos mais procurados
O melhor de tudo foi que o Moro deixou o Adriano da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras, fora da lista dos mais procurados pela justiça.
por Jornalistas Livres1 fevereiro, 2020
José Roberto Torero*
Semaninha boa, viu, Diário?
O melhor de tudo foi que o Moro deixou o Adriano da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras, fora da lista dos mais procurados pela justiça.
Pô, o Adriano é chapíssimo! Daqueles de emprestar cueca. Tão chapa que em 2005 eu defendi o cara num discurso na Câmara dos Deputados.
Falei que o Adriano era um “brilhante oficial” e critiquei um coronel que depôs contra ele. Pô, companheiro de farda não pode bancar o dedo-duro!
Eu nunca tinha assistido um julgamento, mas o do Adriano, eu fiz questão.
Em 2003 o Flavinho já tinha feito uma moção de louvor pra ele. E em 2005, mesmo com o cara na cadeia, ele deu a Medalha Tiradentes pro Adriano, a honraria mais alta lá do Rio de Janeiro. Isso é que é amizade!
A sorte é que ele foi julgado de novo e foi absolvido. Então o Flávio empregou a mulher e a mãe do Adriano no gabinete dele. Elas ficaram até novembro de 2018. Depois da minha eleição, ele teve que tirar as duas da lista de pagamento. Ia pegar mal demais.
O azar é que o Adriano teve uns probleminhas aí, uma coisa com umas máquinas de caça-níqueis, uns bicheiros e uns assassinatos. Daí foi expulso da PM.
Ele é chamado de “patrão” pelo pessoal da Milícia de Rio das Pedras e hoje está foragido, mas nem assim entrou na lista do Moro.
Se o Marreco já é assim com o Adriano, imagina com o Queiroz? E com o Flávio, então?
O Moro é tão fiel que até merece uma recompensa. Acho que no final do ano vou nomear ele pro STF. Assim também garanto que o cara não vai concorrer contra mim em 2022. Mato dois coelhos com uma caixa d’água só, kkk!
@diariodobolso
*José Roberto Torero é autor de livros, como “O Chalaça”, vencedor do Prêmio Jabuti de 1995. Além disso, escreveu roteiros para cinema e tevê, como em Retrato Falado para Rede Globo do Brasil. Também foi colunista de Esportes da Folha de S. Paulo entre 1998 e 2012.
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