18M: ocupe as ruas em defesa das universidades

Estudantes estão se mobilizando para novamente defender a educação. Entenda
O próximo dia 18 de março promete ser um dia histórico para a educação brasileira. Isso porque, com aprovação da diretoria da UNE no último mês de fevereiro, este será mais um capítulo da mobilização estudantil pelas ruas do país – a tradicional Jornada de Lutas da Juventude. Defender a pesquisa, a educação básica, a democracia e a educação superior pública e de qualidade são alguns dos objetivos da juventude.
As cidades de Porto Alegre, Cuiabá, Manaus, Pelotas, São Paulo e Rio de Janeiro já tem atos marcados. Confira aqui.
Quer entender mais sobre essa luta e juntar-se à resistência? O site da UNE preparou uma série de matérias para você entender melhor o porquê se faz necessário defender a educação.
Nesta primeira parte, explanamos os motivos pelos quais a educação superior está sendo ameaçada e precisa da sua voz nas ruas. Confira:
1 – CORTE NOS INVESTIMENTOS
Do orçamento previsto para investimento nas dez maiores universidades federais em 2019, apenas 5,6% foram pagos até o início de setembro daquele ano. E a situação em 2020 segue igual: o MEC proibiu as universidades de realizarem contratações de professores, afetando nomeações referentes a concursos em andamento. O motivo? O orçamento do Mec em 2020 é 17,21% menor do que o de 2019, caindo de R$ 122 bilhões para R$ 101 bilhões.
2 – FUTURE-SE?
O novo projeto lançado pelo MEC ignora o problema imediato das universidades que permanecem sem recursos e podem ter suas gestões terceirizadas para Organizações Sociais. É a universidade pública nas mãos do mercado!
3 – FANTASMA DA PRIVATIZAÇÃO
Sucatear as universidades é um dos passos para privatizar a educação pública. Ao passo que recursos são retirados, empresas aparecem como solução para o financiamento. Deixar a educação nas mãos dos tubarões do ensino é comprometer drasticamente a qualidade, já que o lucro passa a ser o único norteador dessas instituições. A educação deve ser de todos!
4 – AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA EM RISCO
O decreto 9794/2019 assinado por Bolsonaro altera o sistema de nomeações para cargos no governo e concede à Secretaria de Governo, comandada pelo General Carlos Alberto dos Santos Cruz, o direito de avaliar a nomeação de reitores das instituições federais de ensino superior.
5 – PIORES ENEM E SISU DA HISTÓRIA
A edição de 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio foi considerada a pior da história, seguida por um Sisu também cheio de falhas que acabarão dando dor de cabeça a muitos estudantes. Tantos problemas escancararam ainda mais o descaso com a educação pública brasileira com a péssima condução dos trabalhos realizada pelo ministro Weintraub e sua equipe.
6 – EDUCAÇÃO PRIVADA ENFRAQUECIDA
O Prouni e Fies, importantes programas de acesso ao ensino superior também vem sofrendo um duro golpe sob o governo Bolsonaro. O novo Fies endureceu as regras com cobrança judicial de inadimplentes. Pra 2021, a oferta ainda será diminuída: de 100 mil bolsas atuais para apenas 54 mil.
7 – ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL AMEAÇADA
Os cortes de verba anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) trouxeram ainda a perspectiva de que o orçamento do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) pode estagnar. A verba disponibilizada esse ano não teve aumento em relação ao ano passado. Isso afeta diretamente os estudantes de baixa renda que precisam de auxílios como os restaurantes universitários, moradias, creches e bolsas-permanência.
8 – CORTES NA CAPES
O corte de bolsas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) impacta pesquisas desenvolvidas até nas universidades de todo o país. 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no Brasil foram afetadas em 2019.
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