
Manifestantes derrubam estátua de traficante de escravos e a jogam em rio (VÍDEO)
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Neste domingo (7), manifestantes de um protesto contra o racismo, em Bristol, Reino Unido, derrubaram uma estátua de um traficante de escravizados do século XVII.
Em meio a um protesto em Bristol, Reino Unido, em solidariedade às manifestações estadunidenses contra o racismo após o assassinato de George Floyd, manifestantes derrubaram uma estátua do traficante de escravizados, Edward Colston, que viveu entre 1636 e 1721. A movimentação foi publicada em vídeos nas redes sociais:
Bristol em três atos.
Os manifestantes derrubaram a estátua e depois rolaram o monumento até um rio que corta a cidade britânica. Em seguida, despejaram a estátua de Colston no rio.
Os protestos que continuam nos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial foram deflagrados após o assassinato de George Floyd. O homem negro foi asfixiado por policiais que pressionaram suas costas e pescoço até sua morte. A ação policial foi filmada e viralizou, gerando revolta nos EUA.

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Manifestantes derrubam estátua do traficante de escravos Edward Colston, em Bristol, Reino Unido, durante protesto, em 7 de junho de 2020, contra o racismo e em solidariedade às manifestações contra o assassinato de George Floyd nos EUA.
Diversas manifestações semelhantes ocorrem na Europa tanto em capitais como cidades menores. É o caso de Paris, Londres, Madrid, Barcelona e Amsterdã.

Domingo de protestos: contra Bolsonaro, manifestação em Brasília defende democracia (FOTOS)
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Na manhã deste domingo (7), uma manifestação pela democracia e contra o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, ocorreu em Brasília.
A manifestação começou a partir das 9h00 e reuniu milhares de pessoas que partiram da Biblioteca Nacional e percorreram a Esplanada dos Ministérios.
Conforme publicou o G1, a manifestação teve distribuição de máscaras, álcool gel e também água e sabão de forma organizada devido à pandemia da COVID-19. Os manifestantes carregavam faixas contra o racismo, o fascismo, a favor da democracia, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos direitos das mulheres.

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Em Brasília, manifestantes carregam sinalizadores em meio a protestos contra o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em 7 de junho de 2020.
Também houve referência aos protestos que ocorrem nos EUA e na Europa contra o racismo e o assassinato de George Floyd. Faixas com a mensagem "Vidas Negras Importam" estavam entre os manifestantes.

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Em Brasília, manifestantes realizam protesto em prol da democracia. Pautas como racismo e antifascismo compõem a agenda dos manifestantes que também criticam o presidente Jair Bolsonaro.
Uma manifestação de apoio ao governo também ocorreu em Brasília na região do Palácio do Planalto. Entre as faixas carregadas pelos manifestantes havia pedidos de "intervenção cívico-militar", relata o portal G1.

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Em Brasília, manifestação contra o governo Jair Bolsonaro e a favor da democracia, em 7 de junho de 2020.
A Polícia Militar realizou um bloqueio para evitar que os protestos se encontrassem. No domingo (31), duas manifestações, contra e a favor de Bolsonaro, se encontraram na Avenida Paulista, em São Paulo, e após provocações entre os protestos a polícia interviu contra a manifestação antifascista. Diante do confronto, um juiz de São Paulo determinou que as manifestações antagônicas deixassem de ocorrer no mesmo horário e local.
Neste domingo (7), manifestações antirracistas e contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro foram às ruas de São Paulo e Rio de Janeiro.
As manifestações ocorreram nas regiões centrais das duas capitais protestando contra o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro e também carregando a bandeira "Vidas Negras Importam", em protesto contra o racismo, lema que tem sido levado às ruas de diversas cidades do mundo após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos.
Em São Paulo, dois atos se unem no Largo da Batata após decisão judicial
Em São Paulo, as manifestações Vidas Negras Importam e Mais Democracia ocorreram na região do bairro de Pinheiros, no Largo da Batata, a partir da manhã deste domingo (7).

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Em São Paulo, manifestantes protestam contra o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, em 7 de junho de 2020.
As manifestações estavam inicialmente marcadas para acontecer na Avenida Paulista, porém uma decisão judicial publicada na sexta-feira (5) obrigou as organizações a mudar o local de realização dos atos. O objetivo da decisão era evitar confrontos entre grupos políticos.

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Na Largo da Batata, em São Paulo, manifestantes realizam protesto a favor de democracia, contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e contra o racismo.
No domingo (31), houve manifestações de grupos políticos antagônicos na região na Avenida Paulista, a favor e contra Bolsonaro, o que gerou provocações e enfrentamento entre manifestantes e a polícia.
A manifestação deste domingo (7) segue pacífica e reuniu milhares de pessoas de organizações diversas, mantendo as bandeiras da manifestação da semana anterior e que foram vistas também em outras capitais, como Brasília. As organizações pediram aos manifestantes que usassem máscaras, álcool gel e mantivessem distanciamento social.

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No São Paulo, protesto antifascista contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, na região de Pinheiros, no Largo da Batata, em 7 de junho de 2020.
Rio de Janeiro: violência policial e combate à pandemia nas favelas
No Rio de Janeiro, a manifestação teve início às 14h00 com reunião no monumento a Zumbi dos Palmares e caminhou pela Avenida Rio Branco de forma pacífica até a região histórica da Candelária. Ao longo da manifestação, os organizadores distribuíram máscaras, álcool gel e observaram a manutenção do distanciamento social devido à pandemia.

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Manifestação contra o racismo e contra o presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, em 7 de junho de 2020.
A manifestação organizada por membros do grupo "Favelas na Luta" pediu por democratização do auxílio emergencial de R$ 600,00 do governo federal e reuniu cerca de cinco mil pessoas.

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No Rio de Janeiro, manifestantes protestam contra a violência policial nas favelas e contra o racismo, em 7 de junho de 2020.
Além disso, os manifestantes reivindicam o aumento do número de testagens da COVID-19 nas favelas e subúrbios fluminenses e a criação de uma fila única de leitos de UTI e enfermagem.

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No Rio de Janeiro, manifestação contra a violência policial nas favelas e o racismo, em 7 de junho de 2020.
O protesto pede que seja cumprida a decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu operações policiais nas favelas do Rio em meio à pandemia. Os manifestante também querem a criação de um gabinete de monitoramento do cumprimento da liminar.
Segundo os dados do Instituto de Segurança Pública, o estado do Rio de Janeiro teve um dos números mais altos de sua história de mortes em operações policiais ao longo do mês de abril, mesmo com a quarentena decretada pelo governo estadual.

Em Madrid, protesto de imigrantes africanos reúne milhares contra o racismo
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Neste domingo (7), milhares de pessoas se reuniram no centro de Madrid para protestar contra o racismo e exigir justiça, relata um correspondente da Sputnik na capital espanhola.
Os manifestantes se reuniram em frente à embaixada dos EUA em uma demonstração de solidariedade aos protestos contra o assassinato do norte-americano George Floyd, um homem negro que morreu sob custódia policial em 25 de maio deste ano.
A manifestação em Madrid marchou da embaixada norte-americana em direção à praça mais popular de Madrid, a Puerta del Sol. No auge do protesto, dezenas de milhares lotaram a praça, apesar das autoridades da cidade proibirem reuniões de mais de 200 pessoas para limitar a propagação do novo coronavírus. Além de imigrantes africanos e afrodescendentes, houve a presença de espanhóis e expatriados dos EUA que também se juntaram ao protesto.

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Em Madrid, um homem levanta uma placa em meio aos protestos contra o racismo e a violência policial, em 7 de junho de 2020, em solidariedade aos protestos contra o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos.
Os manifestantes gritavam "sem justiça, sem paz", "vidas negras importam" e "ninguém está acima da lei" em espanhol e em inglês. Entre as faixas havia mensagens como "o racismo também é uma pandemia", "nem mais nem menos do que direitos iguais" e "Donald Trump [presidente dos EUA] é um criminoso". Além de Madrid, as manifestações foram convocadas para as cidades de Barcelona, Bilbao, Zaragoza, Granollers, Lleida, Málaga e outras cidades espanholas.

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Em Madrid, manifestantes protestam contra o racismo, em 7 de junho de 2020, em solidariedade aos protestos contra o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos.
A manifestação foi organizada pela Comunidade Negra, Africana e Afrodescendente da Espanha (CNAAE), uma organização sem fins lucrativos criada recentemente, que afirmou em um comunicado que o racismo contra os negros era um fenômeno global que não se limitava aos EUA. Em seu comunicado, a organização acusou a polícia espanhola de traçar um perfil racial em sua atuação, apontando a estimativa de que os negros tenham 42 vezes mais chances de serem detidos e revistados do que outras etnias.

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Em Paris, manifestantes antirracistas se ajoelham em frente a uma barricada em chamas durante protesto lembrando o assassinato de Adama Traore, em 2 de junho de 2020.
Enquanto nos EUA as manifestações contra o racismo e violência policial, deflagradas após o assassinato de George Floyd, continuam crescendo, diversas capitais europeias têm registrado manifestações antirracistas. Além de Madrid, Lisboa, Paris, Berlim e Londres também tiveram manifestações semelhantes ao longo da semana.
https://br.sputniknews.com/ - todos publicados em 07-06-2020
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