‘Boulos se consagra como liderança nacional’, diz Roberto Amaral. - Editor - AGORA É JUNTAR FORÇAS E DERROTAR O CANDIDATO DO PARTIDO GOLPISTA PSDB, BRUNO COVAS LOPES
‘Boulos se consagra como liderança nacional’, diz Roberto Amaral
“Ele foi ao segundo turno sem ter tido tempo de TV. Teve 17 segundos. Agora ele e Bruno Covas vão ter o mesmo tempo”, observa o ex-presidente do PSB
Por Eduardo Maretti, da RBA
Publicado 16/11/2020 - 06h48
Reprodução/Facebook
Guilherme Boulos e sua vice, Luiza Erundina, disputam o segundo turno em São Paulo contra o tucano Bruno Covas
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São Paulo – Em termos nacionais, o grande fato das eleições municipais de 2020 é a votação de Guilherme Boulos (Psol) em São Paulo, na opinião do cientista político Roberto Amaral, presidente do PSB até 2014 e ministro de Ciência e Tecnologia no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Seja qual for o resultado do segundo turno, ele vai ser um quadro político do primeiro ranking. Boulos se consagra como liderança nacional. É um feito muito importante, principalmente se considerar que Jilmar Tatto (PT) não retirou a candidatura e que boa parte do petismo continuou votando no seu candidato”, diz Amaral. “Ele foi ao segundo turno sem ter tido tempo de TV. Teve 17 segundos. Agora ele e Bruno Covas (PSDB) vão ter o mesmo tempo.”
Em coletiva, Boulos falou sobre o segundo turno. “Imagine agora, com tempo igual, olho no olho, com debates”, disse o candidato do Psol. “Agora é outro jogo na cidade de São Paulo, que começa a partir desse momento. Bruno Covas falou em radicalismo. Radicalismo, pra mim, é a cidade mais rica do país ter gente revirando o lixo pra sobreviver”, afirmou.
Falhas inéditas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral atrasaram a totalização dos resultados em todo o país. A pesquisa de boca de urna do Ibope para a prefeitura de São Paulo já apontava que o segundo turno na capital paulista seria disputado entre Boulos e Bruno Covas (PSDB).
Com 57,77% das urnas apuradas, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Covas tem 32,81% dos votos válidos, contra 20,35% de Boulos, 13,65% de Marcio França (PSB) e 10,49% para Celso Russomanno (Republicanos).
Para Amaral, o “surgimento” de Boulos como liderança nacional é significativo. “Depois do Lula, tinha o Fernando Haddad, e agora surge a liderança de Boulos na mais importante cidade do país e capital do mais importante estado da Federação. Isso não é trivial, não é pequeno.”
Ele destaca o desempenho do PT em Recife, com Marília Arraes, que deve disputar o segundo turno com João Campos (PSB), segundo a boca de urna do Ibope. A apuração na capital pernambucana também enfrenta problemas. “Em Recife, vai haver segundo turno com dois candidatos do espectro popular, do campo de oposição ao Bolsonarismo.”
O ex-presidente do PSB também comenta o fato de que, em Fortaleza, Luizianne Lins (PT), que chegou a ter boa perceptiva, de acordo com as pesquisas, chega apenas em terceiro lugar. O segundo turno vai ser disputado entre o candidato do ex-governador Ciro Gomes, o deputado estadual José Sarto (PDT), e o nome de Bolsonaro, Capitão Wagner (PROS).
“O candidato de Ciro tem toda a chance, porque o eleitorado do PT, do Psol e do campo popular não vão deixar de votar no adversário do ‘capitão’”.
Com 99,74% das urnas apuradas na capital do Ceará, Sarto ( 35,72% ) e Wagner ( 33,31) estão no segundo turno. Luizianne tem 17,76% dos votos e o candidato do Psol, Renato Roseno, 2,68%.
Na opinião de Roberto Amaral, é relevante que “o PT compreendeu ser mais inteligente compor com candidatos populares de partidos menores do que impor uma candidatura pelo peso do partido”. Ele cita Porto Alegre e Belém. Na capital gaúcha, Manuela D’Ávila vai ao segundo turno com Sebastião Melo (MDB). Em Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) disputa com o Delegado Federal Eguchi a eleição em 29 de novembro. Manuela e Rodrigues têm o apoio do PT nas duas capitais.
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