10 de abr. de 2021

No Brasil, o naufrágio da operação anticorrupção "Lava Jato". - Editor - A LAVA JATO,SERVIU PARA MUITOS INTERESSES PARTICULARES. NÃO DEU FIM A CORRUPÇÃO, MAS ABALOU A DEMOCRACIA, TRAZENDO O CAOS AO BRASIL

Manifestantes protestam ao longo da Avenida Paulista em São Paulo, Brasil, em 4 de dezembro de 2016, contra a corrupção e em apoio à operação anticorrupção Lava Jato que investiga o escândalo de suborno da Petrobras. (Foto de Miguel SCHINCARIOL / AFP)MIGUEL SCHINCARIOL / AFP No Brasil, o naufrágio da operação anticorrupção "Lava Jato" Por Gaspard Estrada e Nicolas Bourcier Postado ontem às 16h33, atualizado às 18h10. Reservado para nossos assinantes Compartilhamento Compartilhar no Facebook Enviar por email Compartilhe no Messenger Mais opções INVESTIGAÇÃO Um magistrado considerado "tendencioso", uma equipe de investigadores com métodos às vezes ilegais, a intervenção dos Estados Unidos e, finalmente, um escândalo retumbante: "Lava Jato", a operação anticorrupção que abala o Brasil há sete anos, serviu a muitos interesses, mas não democracia. Meses de investigação, entrevistas e pesquisas foram necessários para que o Mundo desenhasse o outro lado dessa cena. Existe algo podre no Reino do Brasil. O país inteiro é atingido por uma série de crises simultâneas, uma espécie de tempestade perfeita - recessão econômica, desastres ambientais, extrema polarização da vida política, Covid-19 ... A isso deve ser adicionado o naufrágio do sistema judicial. Um trovão adicional em um céu já pesado, mas carregado de esperança há sete anos, quando um jovem magistrado chamado Sergio Moro lançou, em 17 de março de 2014, uma vasta operação anticorrupção chamada "Lava Jato" ( “Lavagem expressa”), envolvendo a gigante do petróleo Petrobras, construtoras e um número expressivo de lideranças políticas. De uma só tacada, dizia-se, o requerente e sua equipe de investigadores, apoiados pelo judiciário e pela mídia, iam limpar e salvar o Brasil, finalmente! Julgemos: foram emitidos 1.450 mandados de prisão, 533 denúncias apresentadas e 174 pessoas condenadas. Nada menos que doze chefes ou ex-chefes de Estado brasileiros, peruanos, salvadorenhos e panamenhos foram implicados. E a colossal soma de 4,3 bilhões de reais (610 milhões de euros) foi recuperada dos cofres públicos de Brasília. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adorado pela maioria de opinião, não resistiu à onda, até se encontrar atrás das grades. E então, de repente, quase nada. Em menos de dois meses, a extensa investigação desmoronou como uma explosão. No início de fevereiro, o Ministério Público Federal deixou estourar o anúncio do fim do “Lava Jato” , desmontando com uma frieza que não se conhecia sua principal equipe de promotores. Em seguida, um juiz do Supremo Tribunal Federal ordena o levantamento das acusações contra Lula. Quinze dias depois, em 23 de março, foi a vez da mais alta corte brasileira decidir que o juiz Moro foi "tendencioso" durante sua investigação. Irregularidades e confusões A maior investigação anticorrupção do mundo, como a chamou um magistrado sênior, tornou-se o maior escândalo jurídico da história do país. Depois de mais de sete anos de processos, o próprio cerne da justiça brasileira acaba de se retrair tanto na substância quanto na forma, abrindo um abismo de questionamentos sobre seus métodos, seus meios e suas escolhas. Certes, le site d’information The Intercept – créé par Glenn Greenwald, journaliste américain basé à Rio de Janeiro, et le milliardaire de la Silicon Valley Pierre Omidyar – n’a cessé, ces deux dernières années, de relever les irrégularités et les errements de l’enquête. Cent huit articles publiés à ce jour ont, tour à tour, levé le voile sur les messages compromettants échangés entre les procureurs et le juge Moro, jeté une lumière crue sur les liens entretenus, parfois en dehors de tout cadre légal, par les enquêteurs brésiliens avec des agents du ministère de la justice (DoJ) des Etats-Unis, ou encore souligné le biais politique de certains membres du « Lava Jato », obsédés à l’idée de faire barrage au Parti des travailleurs (PT). La très sérieuse et indépendante Agência Publica, l’agence de journalisme d’investigation, fondée à Sao Paulo par des femmes reporters, a elle aussi montré comment les procédures se sont entachées d’irrégularités et de nombreuses confusions. Après ces révélations éclatantes restent pourtant un fort goût d’inachevé, la sensation d’un procès manqué et d’un gâchis ontologique pour une enquête qui se voulait un modèle du genre. https://www.lemonde.fr/international/article/2021/04/09/au-bresil-une-operation-anticorruption-aux-methodes-contestables_6076204_3210.html tradução literal via computador. Em tempo - por não ser assinante do periódico, não é possível reproduzir todoo texto.
Share:

Related Posts:

0 comentários:

Postar um comentário