27 de mai. de 2009

ANÁLISE HOTELEIRA DA ESTÃNCIA DE ÁGUAS DE LINDÓIA- Março de 1974/ Jornal A MONTANHA Ano 1 Número 12

A Assessoria Técnica Turística, através do Sr. Otavio Demasi, entregou ao Prefeito Municipal Dr. Adolfo Mantovani, os resultados do levantamento dos hotéis e pensões da Estância.
Entre os problemas visualizados pela Assessoria estão: falta de Administração Hoteleira em todos os hotéis da Estância, sendo que a administração é feita em padrões antigos e ultrapassados, o que acarreta desperdício, prejuízos, aumento de despesas, um continuo aumento nos preços das diárias; inexiste levantamento de custo por hóspedes, exceção feita do Hotel das Fontes, que procura ao máximo racionalizar o seu custo fixo; Falta de conhecimentos técnicos atualizados junto à Direção, Administração e Gerência dos hotéis; falta de equipamentos tais como: barbearia, loja de souvenir, engraxataria, salão de beleza, equipamentos de diversão, esportivo e noturno, sendo que somente 3 hotéis passam sessões cinematográficas e um possui boate, embora 6 dos 7 hotéis de maior expre3ssão na Estância possuem “play-ground” para as crianças se divertires: Ausência de atuação em bases técnicas e dinâmica da Associação dos Hoteleiros de Águas de Lindóia, o que acarreta para o DECETUR, sobrecarga de serviços que não são às vezes de sua alçada; Desunião da própria classe hoteleira que acarreta desperdício de dinheiro e dilui as promoções e divulgações, que geralmente são feitas individualmente; Falta de uma Central de Abastecimento que viria a diminuir os custos com a alimentação, pois seria feita compra global para os hotéis da Estância e pelo maior volume cairia os preços; Trabalhos isolados sem a colaboração do DECETUR; Fraquíssimos contatos com Agencias de Viagens, Operadores Turísticos, Transportadores turísticos e ínfimo material de divulgação para distribuição; Falta de conquista de novos mercados; A exagerada alimentação dada nos hotéis aos hóspedes com a maioria dos hotéis dando no almoço um prato frio, um prato liquido e dois pratos quentes, além de sobremesa, acarreta um altíssimo custo fixo e grande número de mão de obra que nas épocas de baixa estação fica totalmente ociosa; Tentativas isoladas de tirar das diárias a obrigatoriedade da alimentação praxe na Estância, sendo que os resultados foram negativos, pois houve ausência de divulgação, trabalho de relações públicas falando das vantagens dessa medida e o pior, tentativa isolada do ponto de vista do hóspede, ele estava sendo “lesado”; gratuidade no transporte dos hóspedes pela Estância, que com o aumento da gasolina, custo das peruas e capital imobilizado oneram a todos os hotéis; Ausências de promoções especiais fora das épocas de maior fluxo turístico.
Entre as medidas de imediato: maior entrosamento de toda a hotelaria com o DECETUR; funcionamento da Associação dos Hoteleiros de Águas de Lindóia, possivelmente com alguma pessoa contratada para dinamizar as mesmas; realização de seminários, cursos de cunho técnico profissionalizante seja através do SENAC, CENTRETUR ou buscando especialistas no Exterior, como exemplo: Suíça- Escola de Hotelaria de Salzburgo; dinamização de setor de congressos e convenções nas épocas de “baixa estação”; trabalho mais permanente junto a Agencias de viagens de todo o Brasil; A médio prazo, mudança do sistema hoteleiro abolindo a alimentação no preço da diária e implantando o serviço “a la carte”; conquista de mercados principalmente sul-americanos; participações em todas as convenções de Agentes de Viagens, em feiras de todo o tipo a fim de manter vivo o nome da Estância na mente dos turistas em potencial; representações nas principais capitais do Brasil para trabalhos constantes de informações turísticas, divulgação e propaganda e relações públicas.
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