28 de mai. de 2009

Tecnicos sugerem planos para o turismo litoraneo- Folha de São Paulo, 27 de agosto de 1972 - pág 27


As possibilidades do potencial turístico do litoral paulista foram analisadas pela equipe de especialistas do Grupo Técnico de turismo, empresa que se dedica a assessora os municípios dessas regiões em seus planos de desenvolvimento.
Segundo o GTT, o turismo constitui um fator de notória influencia na estruturação dos núcleos habitados. Ao longo de todo o litoral de São Paulo, criaram-se pontos que hoje são conhecidos como de “recreação turística”: Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande, Itanhaem, Peruíbe, Iguape e Cananéia, entre outros. Uma vez iniciada a ação planificadora nos pontos conhecidos como núcleos urbanos, que serão pólos, ao redor deles surgirão os centros de interesse turístico, sem q eu sejam afetadas as arquiteturas existentes, que muitas vezes integram as origens e a história do próprio país.
Nesse particular, cumpre que os municípios procurem estruturar-se para a conquista e preferência do mercado turístico e da demanda que fatalmente provocarão se forem dotadas das indispensáveis infra-estruturas planificadas.

IMPLANTAÇÃO DE PLANOS

Quanto às limitações econômicas dessas regiões para a implantação de planos de desenvolvimento turístico, os técnicos do GTT argumentam que é justamente nas áreas menops desenvolvidas, mas dotadas de atrativos naturais, que o turismo ganha maior incremento. Há exemplos no exterior e no litoral paulista, de norte a sul, tem em sua geografia um potencial capaz de assegurar-lhes as melhores perspectivas nesse particular.
Duas vias de acesso que os governo federal e estadual estão construindo deverão modificar radicalmente essas duas regiões afirmam. Todos os planos de turismo, tanto oficiais como particulares, servem de ponto de partida para um estudo por setor e área, bem como a analise do equipamento necessário a curto e longo prazo, tendo em vista as planificações no âmbito municipal.
Como a maioria dos municípios compreendidos na extensa faixa litorânea do Estado é economicamente limitada, os investimentos reclamados pelos receptivos planos devem caber à iniciativa privada, segundo aconselha o GTT.

APOIO OFICIAL

Sem projetos e planificações adequadas, as Prefeituras pouco poderão pretender em matéria de ajuda oficial, na opinião daqueles técnicos. Cada plano depende, como é natural, de estudo minucioso das configurações econômicas, administrativas, urbanas, sociais, geográficas, peculiares aos respectivos municípios. O GTT, em sua assessoria, oferece de inicio dois cursos: Teoria e Técnica de Turismo e Turismo Municipal, para a formação de pessoal especializado.
Relativamente aos programas da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo do Estado, visando a preservação das áreas e desenvolvimento do turismo no litoral, embora entendendo que se trata de contribuição significativa, os técnicos do GTT fazem restrições quanto a necessidade de informações mais completas para melhor o turista, tais como condições de acesso, transportes, alojamentos, preços e categorias de hotéis, além de dados como situação da cidade, população, clima, atrativos turísticos, etc.
Na foto original traz pescador dentro de seu barco, arrumando a rede de pesca, com a seguinte legenda: As belezas estão ai. Falta a planificação do turismo.
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