18 de mai. de 2018

MPF cobra da Hypera R$ 2 bilhões por acordo de leniênCIA. - Editor - A MAIOR EMPRESA FARMACEUTICA FARMACEUTICA BRASILEIRA EM TERMOS DE RECEITA LÍQUIDA E CAPITALIZAÇÃO, COM 6.500 EMPREGADOS. AÍ TEM O DEDO DO GATO, VISANDO QUEBRAR O PARQUE INDUSTRIAL DO PAÍS. E A MULTA DE 2 BILHÕES É A CHAVE PARA ENTREGÁ-LA AOS AGIOTAS TRANSNACIONAIS. LEIA AO FIM DA MATÉRIA SOBRE O CONGLOMERADO

MPF cobra da Hypera R$ 2 bilhões por acordo de leniência

Criada para ser a ‘Unilever brasileira’, a empresa vê sua situação se complicar desde 2015, quando foi citada na Operação Lava Jato



MPF cobra da Hypera R$ 2 bilhões por acordo de leniência
Acordo de leniência é uma espécie de delação premiada de pessoas jurídicas (Foto: Divulgação)

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O Ministério Público Federal (MPF) pretende cobrar da farmacêutica Hypera Pharma uma multa de R$ 2 bilhões para dar andamento à negociação do acordo de leniência da empresa com a Justiça, que funciona como uma espécie de delação premiada de pessoas jurídicas.
Em contraponto, a empresa está disposta a pagar menos da metade do valor exigido para confessar o pagamento de propina a políticos em troca de benefícios. A informação foi obtida em apuração do jornal Valor (confira aqui a reportagem na íntegra).
A Hypera vê sua situação se complicar desde 2015, quando foi citada pela primeira vez na Operação Lava Jato, pelo ex-diretor de Relações Institucionais da empresa Nelson Mello, que disse em delação premiada ter repassado R$ 30 milhões em propina a parlamentares do MDB para que os mesmos atuassem em favor da empresa na aprovação de medidas no Congresso.
O pagamento teria sido feito por meio dos operadores Lúcio Funaro e Milton Lyra. Funaro foi preso no âmbito da Operação Lava Jato e atualmente cumpre prisão domiciliar. Já Lyra foi preso na Operação Rizoma, que investiga fraude no Postalis (o fundo de pensão dos funcionários dos Correios). Na última terça-feira, 15, ele teve a prisão revogada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O acordo de leniência da Hypera somente foi viabilizado porque as acusações contra a empresa envolvem pessoas com foro privilegiado. Entre os acusados de receber propina da Hypera que detêm foro privilegiado está o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que teria recebido de Mello R$ 5 milhões para sua campanha ao governo do Ceará nas eleições de 2014.
Em meio à negociação, o sócio majoritário da Hypera, João Alves Queiroz Filho, e o presidente da empresa, Cláudio Bergamo, pediram afastamento voluntário. Há suspeita de que ambos pretendem fechar delação premiada, mas nenhum dos dois confirma a informação.
A Hypera foi criada em 2001, com a ambição de ser a “Unilever brasileira”. Porém, a empresa entrou em espiral decadente após ser envolvida na Lava Jato. Desde então a empresa implementou um intenso processo de reestruturação que contou com a mudança de nome, em fevereiro deste ano, de Hypermarcas para Hypera Pharma, e a venda das marcas Monange, Risqué, Perfex, Assolan, Etti e Salsaretti.

 Hypera Pharma (Hypera S.A., códigos BM&F BovespaHYPE3OTC PinkHYPMY) é a maior empresa farmacêutica brasileira em termos de receita líquida e capitalização de mercado, com sede em São Paulo. A companhia chamava-se Hypermarcas S.A., antes de uma mudança de marca corporativa anunciada em dezembro de 2017[3]. A alteração da razão social da companhia, após aprovação em assembleia geral de acionistas, ocorreu em 7 de fevereiro de 2018[4].
A companhia está organizada em três unidades de negócio, que refletem seus três principais segmentos de atuação: Consumer Health, Produtos de prescrição e Similares & genéricos[5].
Ao final do primeiro semestre de 2017, a empresa era a maior anunciante do mercado publicitário brasileiro.[6]
A Hypermarcas S.A. iniciou suas atividades no ano de 2001, sob o nome de Prátika Industrial Ltda, quando João Alves de Queiroz Filho readquiriu a empresa, que havia sido vendida à Bestfoods como parte da Arisco, logo incorporada a Unilever, que por sua vez não tinha interesse no negócio de esponjas de aço, seu foco, com as marcas Assolan e Fácil. Procurando destaque para sua marca foco, a Assolan, a empresa investiu pesado em marketing, obtendo sucesso e tornando a marca Assolan, uma das mais conhecidas do Brasil.
Devido à grande ascensão, a empresa obteve necessidade de expandir sua produção e sua distribuição, por consequência, adquiriu a Help e a Brilmis e inaugurou um novo centro de distribuição em Goiânia, também em 2002. Neste mesmo ano a empresa alterou sua denominação para Assolan Industrial Ltda, dando início a uma série de aquisições nos anos seguintes como a Fisibra (2003), a Distribuidora Clean (2005) e também iniciou-se em um novo segmento, o de detergentes em pó para lavar roupas, com a aquisição da Quimivale Industrial, também em 2005.
Em 2006, a Hypermarcas (Assolan na época), estreou em dois novos segmentos: Alimentos (com a compra da Etti) e o de Cosméticos, devido a parceria com a empresária Cristiana Arcangeli.
No ano de 2007, a Hypermarcas adquiriu a DM Farmacêutica (até então fabricante de Merthiolate, Monange, Cenoura & Bronze e outros), a Sulquímica Ltda (fabricante de Mat Inset e Fluss) e a Finn Administradora de Marcas (detentora da marca de adoçantes Finn). Neste mesmo ano a empresa ganhou novo nome e nova denominação social, passando a se chamar Hypermarcas (Hypermarcas Industrial Ltda), e a Assolan torna-se uma das marcas do recém-formado conglomerado.
No ano de 2008, a Hypermarcas abriu-se ao mercado, tornando-se Hypermarcas S.A., posteriormente realizou oferta pública de suas ações no Novo Mercado da Bovespa, e no mesmo ano incorporou a Farmasa e adquiriu a Ceil (controlada da Revlon no Brasil, proprietária das marcas Bozzano, Aquamarine, Juvena e Campos do Jordão), as marcas Nylooks, Radical, Bia Blanc e Summer Look da Brasil Global Cosméticos em julho, e em setembro, adquiriu a Niasi.
Em 2009, a Hypermarcas adquiriu a Hydrogen Cosméticos, a Inal (fabricante dos preservativos Olla e Lovetex) e a marca Jontex (até então pertencente à Johnson e Johnson), além da fabricante de fraldas e absorventes Pom Pom.[7] Ao final deste mesmo ano, incorporou a Neo Química, e após sua assembleia extraordinária, definiu-se a sua cisão parcial, criando-se assim a Cosmed Indústria de Medicamentos e Cosméticos, que fica responsável pela fabricação dos produtos farmacêuticos e cosméticos, ainda pertencente à Hypermarcas.
Em 2010, a Hypermarcas adquiriu a Luper (Laboratório Farmacêutico), a York (Fabricante de produtos hospitalares e de higiene pessoal), a Facilit Odontológica (da marca Sanifill), as fabricantes das fraldas Sapeka, assinou memorando de entendimentos para aquisição da Mabesa do Brasil, esta última, fabricante das fraldas e lenços umedecidos com a marca Cremer, Plim-Plim, entre outras[8][9], além das controladoras da empresa de produtos odontológicos Bitufo, também a marca Pom Pom Sabonetes (que estava sob o domínio da Colgate-Palmolive) e a Mantecorp (laboratório fabricante de medicamentos tais como Polaramine e dermocosméticos).[10].
Em 2011, a Hypermarcas compra a linha de produtos e a marca Perfex, assim como sua tecnologia, da Johnson & Johnson[11].
Em outubro de 2011, a Hypermarcas vende algumas marcas de limpeza, tais como Assim, Boa Noite, Fluss, Gato, Sani Fleur, Matador, Mat Inset e Sim, para a brasileira Flora Produtos de Higiene e Limpeza S. A (Grupo JBS), esta última, fabricante dos produtos Minuano, Albany, Francis, OX, entre outros, para que possa focar no setor de saúde e bem estar e também reforçar seu caixa.[12][13][14][15]
Em dezembro de 2011, a Hypermarcas finaliza seu desinvestimento na divisão de consumo, vendendo as marcas Assolan, Perfex, Cross Hatching, Rasp, Help e outras para a brasileira Química Amparo (Ypê), por R$ 135 milhões[16], e as marcas Etti e Salsaretti para a multinacional Bunge, por R$ 180 milhões[17][18].[19]
Em dezembro de 2015, Hypermarcas vende sua divisão de cosméticos (marcas Bozzano, Cenoura & Bronze, Monange, Risqué e etc) para o grupo francês Coty por R$ 3,8 bilhões.
Em Janeiro de 2016, Hypermarcas vende área de preservativos (marcas Olla, Jontex e Lovetex) para Reckitt Benckiser por R$ 675 milhões.
Em 22 de Dezembro de 2016, a Hypermarcas anunciou a venda do negócio de descartáveis (fraldas) para a belga Ontex, por R$ 1 Bilhão de reais, concluindo assim, o processo de reestruturação da empresa iniciada em 2015, visando focar exclusivamente no mercado farmacêutico.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hypera_Pharma



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