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"Suas bombas estão matando vítimas aqui": bomba feita pelos EUA atinge o ônibus escolar em ataque que matou 40 crianças iemenitas
Especialistas em munições confirmaram que uma bomba produzida pela Lockheed Martin estava por trás da morte de dezenas de pessoas no ataque da semana passada
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O jornalista iemenita Ahmad Algohbary segura um pedaço da bomba norte-americana que matou 40 crianças na semana passada. (Foto: / Twitter)
Os Estados Unidos têm responsabilidade direta pelo bombardeio escolar que matou 40 crianças no Iêmen na semana passada, segundo especialistas em munições que descobriram que a bomba usada foi vendida à Arábia Saudita pelo Departamento de Estado.
A CNN informou na sexta-feira que especialistas e jornalistas iemenitas descobriram que o ônibus explodiu depois de ser atingido por uma bomba MK 82, da Lockheed Martin.
"Esta bomba feita pelos americanos matou-os, matou as crianças inocentes", disse o jornalista Ahmad Algohbary nesta semana, antes mesmo de a CNN verificar o relatório. "A maioria dessas vítimas eram crianças. Suas bombas estão matando vítimas aqui, estão matando crianças."
A administração Trump restabeleceu as vendas de mísseis guiados a laser para os sauditas logo após a posse do presidente Donald Trump, meses depois de um bombardeio da coalizão saudita de um funeral ter matado 155 iemenitas e levado à suspensão da venda de armas pela administração Obama à Arábia Saudita.
Um total de 51 pessoas foram mortas no ataque e 79 ficaram feridas.
O ataque foi denunciado por críticos do apoio dos Estados Unidos à coalizão liderada pela Arábia Saudita, que liderou uma campanha aérea no Iêmen desde 2015, em apoio à guerra do governo contra os houthis. Os EUA forneceram combustível e apoio tático à coalizão, além de armas.
O relatório confirma o que muitos civis iemenitas já sabiam, como evidenciado por pessoas presentes no funeral das vítimas carregando cartazes que diziam "a América mata crianças iemenitas", segundo o Middle East Eye.
Na mídia social, os críticos criticaram a condenação do apoio dos Estados Unidos à coalizão saudita na guerra civil do Iêmen, na qual 15 mil civis iemenitas foram mortos e feridos.
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